Por seu turno, Philip Thomas, CEO do festival, admitie que a organização ficou “encantada com os resultados do último Eurobest” – realizado em Lisboa – e, por isso, e apesar de algumas modificações, decidiu apostar novamente na cidade portuguesa.
Os apoios prestados pelas indústrias criativas de Portugal, assim como pela própria cidade de Lisboa e pelo representante oficial português do evento, a MOP, foram, de acordo com o CEO, a “chave” para que tudo corresse bem. “Tivemos um ótimo feedback dos delegados relativamente ao programa do festival e aos eventos de networking, e os mesmos delegados que participaram nas edições realizadas noutros países expressaram a sua satisfação de terem estado em Lisboa – a receção calorosa e a própria cidade”, adianta Philip Thomas, acrescentando: “Embora destinado a mudar o sistema de movimentação da festa todos os anos, foi fácil decidir ficar mais um ano em Lisboa, o que nos permite construir sobre o sucesso e para continuar a desenvolver o Eurobest como um festival ainda maior”.
Tal como sucedeu no ano anterior, o festival de criatividade tem previsto a participação de “um português em todos os júris de todas as categorias”, revela Vasco Perestrelo. Para a MOP, voltar a organizar um evento como este no seu próprio país é um motivo de orgulho, uma vez que, com ele, a MOP contribui “para aumentar o prestígio da criatividade portuguesa e de Lisboa como cidade única para juntar estes dois elementos: criatividade e turismo”, explica Vasco Perestrelo. “Significa que o projeto de sermos representantes de Cannes e promover a criatividade do nosso país e, simultaneamente, promover Lisboa está a ser conseguido”, adianta.
A eleição da capital portuguesa para a nova edição do Eurobest “aconteceu naturalmente”, sem que para isso a MOP, a Câmara Municipal de Lisboa ou a indústria criativa tivessem influenciado na escolha. “Apenas ajudámos a fazer com que o festival do ano passado fosse um sucesso: as pessoas (principalmente as que vieram de fora) ‘experimentaram o produto’ e quiseram continuar a comprá-lo”, explica ao Briefing Perestrelo. Para os criativos portugueses, o regresso do evento a Lisboa “deve ser um motivo de grande orgulho. Primeiro porque os festivais têm como regra básica acontecerem em ‘países e cidades reconhecidamente criativas’; segundo porque deve estimulá-los a criar mais e a aproveitar a forte exposição internacional que o festival dá à sua criatividade”, conclui.
Apesar de se realizar no final do ano – de 28 a 30 de novembro -, a organização está já a trabalhar para que tudo corra na perfeição. Quanto a novidades para este ano, Philip Thomas adianta apenas a possibilidade de haver “novas categorias, um novo prémio e uma nova academia para a geração mais jovem”, deixando a promessa: “Vamos tornar o festival maior e com novas funcionalidades”.
Catarina Caldeira Baguinho
Fonte: Briefing