Briefing | O que ditou o reforço da equipa a nível criativo?
Pedro Diogo Vaz | A agência estava sem diretor criativo para a área da publicidade há alguns meses. Este reforço acontece agora porque se encontrou o perfil de pessoa que faz sentido para o ADN da agência: o Luís Jorge tem uma vasta experiência em publicidade e, simultaneamente, uma enorme orientação para os desafios de negócio dos clientes.
Briefing | Porquê o investimento concreto na área de advertising?
PDV | Esta contratação vai dar mais força a um percurso criativo da agência desde a fusão em 2010, dando sequência natural ao trabalho que a Fischer sempre fez em Portugal, desenvolvendo publicidade de forma relevante.
Briefing | Estas contratações significam que a agência está a viver um bom momento? Como se tem comportado o negócio?
PDV | A agência atingiu os objetivos que tinha definido em 2012. Na operação em Portugal, dificilmente alguma agência estará a viver um “bom momento”, pois como sabemos todos – agências, media, anunciantes – os budgets contraíram significativamente, por força da contração generalizada do mercado. Ainda assim, as apostas da agência foram atempadamente definidas e isso tem contribuído para o equilíbrio desejado.
Briefing | Que estratégia tem adotado para enfrentar o atual contexto do mercado? O que mudou, se é que mudou algo, no posicionamento da agência?
PDV | Concentrámos muitos esforços no processo de internacionalização e de exportação. Por um lado, reforçámos desde 2011 os recursos afetos à operação de Angola (que teve início em 2005) e que tem demonstrado os seus resultados. Por outro lado, acreditando na nossa capacidade criativa e na nossa localização privilegiada, temos vindo a desenvolver trabalhos a partir do escritório de Lisboa para clientes noutras geografias europeias. Acreditamos que temos condições para nos afirmarmos como uma plataforma de criatividade e de produção para uma série de mercados africanos, não apenas pelo nosso ADN multicultural, mas tirando partido de uma conjuntura que baixou drasticamente os custos de produção nacionais.
Briefing | O novo diretor de advertising terá a seu cargo projetos também em Angola. Que projetos são esses?
PDV | A direção criativa é única para as operações de Angola e Portugal. Por isso, todos os projetos passam pela sua direção. Em Angola estamos a desenvolver campanhas para vários clientes nas áreas das telecom, dos serviços financeiros, bebidas, entre outros.
Briefing | Há planos para expansão para outros mercados?
PDV | Neste momento não temos ambições de expansão orgânica. Mas mantemos a intenção de aumentar a exportação a partir do escritório de Lisboa, pois acreditamos que temos argumentos válidos para clientes noutras geografias e, em particular, para apoiar empresas portuguesas em contexto e internacionalização.
A nossa experiência internacional é direta. Ou seja, os nossos quadros estão habituados a funcionar num ambiente multicultural, a trabalhar em registos diferentes, não estou a falar da “experiência da network”. Já hoje, num mesmo mês, articulámos com clientes franceses, espanhóis, suíços, angolanos, libaneses, brasileiros… e isso confere-nos uma vantagem competitiva que é sustentável e que queremos aproveitar.