Manuela Botelho sintetizava, assim, a crescente adesão das marcas a estes prémios que – sublinham – se diferenciam por reconhecerem e valorizarem o trabalho de quem concorre todos os dias pelo share of wallet e share of attention dos consumidores. Valorizam – acrescentou – a razão de ser do investimento dos anunciantes em comunicação, isto é, a eficácia dos resultados.
Na APAN coincidentemente desde a primeira edição dos prémios, Manuela Botelho deu conta da evolução, em qualidade e objetividade, no modo como os casos são apresentados.
E partilhou algumas das tendências observadas ao longo das dez edições. A primeira das quais remete para o ano 2008, em que se comprovou que a crise económica afetou transversalmente todos os casos a concurso. Depois, entre 2009 e 2012, a palavra chave das campanhas foi, na mesma linha, “poupança”. Em 2013 e 2014, notou-se que o mercado e os consumidores estavam a mudar e os casos refletiram essa consciência.
Entre as tendências, incluiu ainda a interatividade da relação das marcas com o consumidor e uma crescente integração de causas e da responsabilidade social na comunicação e nas campanhas.
No início da sessão de entrega de prémios, já o presidente da APAN, António Casanova, havia tocado no modo como o clima económico mais agreste impactou o mercado, redimensionando-o, e, consequentemente, a comunicação, tornando-a mais difícil e mais complexa, mas ao mesmo tempo tornando a eficácia mais vital.
Esta 10ª edição dos Prémios à Eficácia resultou na atribuição de 40 galardões, 13 dos quais Ouro, 13 Prata e 12 Bronze, além do Grande Prémio e dos Prémios Agência Criativa do Ano e Agência de Meios do Ano.