O negócio de street food está a caminho dos 30 milhões. As contas são de Luís Rato

O negócio de street food está a caminho dos 30 milhões. As contas são de Luís RatoEste ano, o negócio de street food deve atingir os sete milhões de euros mas, a médio prazo, pode chegar aos 30 milhões. A estimativa é de Luís Rato, presidente da associação do sector e criador da Kiosque Street Food, de que entretanto alienou 70% do capital a um fundo gerido por António Carrapatoso, ex-presidente da Vodafone.

Briefing | Qual a dimensão atual do sector de Street Food em Portugal?

Luís Rato | Estimo que valerá aproximadamente sete milhões de euros em 2016 depois de o sector ter alcançado em 2015 uma faturação global na ordem dos 2.5 milhões de euros.
A médio prazo, acredito que o sector do Street Food em Portugal chegará aos 30 milhões de euros. E valerá aproximadamente cinco milhões de euros para a Kiosque Street Food (KSF), em termos de oportunidades de negócio, até porque todos os meses a empresa recebe aproximadamente 200 pedidos de orçamento.

 

Briefing | Especificamente, qual o potencial de crescimento da KSF – Kiosque Street Food?

LR | O mercado português vale aproximadamente 15 milhões de euros e o mercado europeu valerá cerca de 100 milhões de euros, no sector da construção de viaturas.
Se considerarmos que a empresa KSF recebe no mínimo 50 pedidos de orçamento por mês, cada um no valor de 15.000€, estamos a falar de aproximadamente nove milhões de euros por ano. Ampliando isto a 10 países na Europa podemos alcançar os 100 milhões de euros, por exemplo. Isto tendo presente que a empresa KSF tem apenas 15% de notoriedade na Europa…

 

Briefing | Que evolução tem registado desde os primeiros conceitos?

LR | Até 2014 os negócios associados à Street Food praticamente não existiam, mas o sector começou a crescer depois do primeiro Festival Europeu de Street Food em abril de 2015. Hoje o aumento da qualidade dos projetos e das marcas que estão a chegar ao mercado salta à vista.

 

Briefing | Qual o atrativo que este tipo de negócio oferece a um empreendedor?

LR | Baixo risco e rápido payback. A Associação Street Food Portugal (ASFP) estima um investimento médio de 20 mil euros na criação de um food truck, acrescido dos custos de seguros, licenciamento, energia, entre outros custos habituais de exploração, podendo chegar a um investimento total de 35 mil euros.

 

Briefing | E para as marcas já estabelecidas?

LR | Proximidade com o consumidor e uma oferta/experiência diferenciada, face à restauração tradicional.

 

Briefing | Em que medida é que o crescimento do turismo tem vindo a potenciar o segmento?

LR | Torna o negócio ainda mais aliciante para os investidores, atendendo ao crescimento acentuado do sector do Turismo em Portugal continental e ilhas.

 

Briefing | É um conceito que se coloca mais facilmente a Lisboa ou Porto ou pode vingar numa cidade mais pequena?

LR | Pode “vingar” nas pequenas cidades, até porque o comercio móvel ou a venda ambulante de comida é uma realidade mais característica desses meios.

 

Briefing | Como conciliar a mobilidade com a fidelização de consumidores?

LR | A mobilidade pode “atuar” na diminuição do risco do negócio e na própria fidelização do consumidor, como por exemplo um food truck que durante a semana está num centro de negócios e ao fim de semana pode deslocar-se para uma zona de lazer.

 

Briefing | Sendo inovadores no conceito são-no também no marketing e na comunicação? Em que medida?

LR | As marcas querem estar próximas do consumidor e criar valor acrescentado para os seus negócios, onde os food trucks funcionam hoje como ações de sampling diferenciadas.

 

Briefing | Quais as ferramentas mais adequadas para promover o Street Food? O próprio ponto de venda, as redes sociais?

LR | Importantíssimas ferramentas e vitais são o marketing digital e uma boa comunicação do conceito da marca.

fs@briefing.pt

 

Terça-feira, 22 Novembro 2016 13:29


PUB