Antes dos planos, porém, fez um balanço do ano que acaba de terminar afirmando que correu “relativamente bem” nos dois mercados em que o grupo está presente, tendo sido dominado por três aberturas: as unidades de Sintra e Braga, em Portugal, e a de Touros, no Brasil.
Estas três unidades contribuíram já para os bons resultados financeiros: 112 milhões de euros em Portugal (face a 106 milhões de 2017), com 1,3 milhões a provirem dos novos hotéis; e 318 milhões de reais no Brasil – 305 milhões quando se tira o novo resort da equação, o que traduz uma subida face aos 265 milhões do ano anterior. No conjunto dos dois mercados, as receitas somam 184 milhões, correspondendo a uma subida de 6% face a 2017.
O ano que findou assistiu a uma “ligeira” queda na ocupação, na ordem dos 2%, explicada por Gonçalo Rebelo de Almeida com a indefinição face ao Brexit e com a recuperação de destinos como a Turquia, Tunísia e Egito, cujos formatos all inclusive concorrem com as unidades do grupo na Madeira e no Algarve.
Em contrapartida, o preço médio cresceu 7%, por via do aumento nas reservas nos canais diretos, que compensaram algum decréscimo nas reservas através de parceiros.
Notou-se ainda uma alteração nos mercados emissores, com os Estados Unidos a entrarem, pela primeira vez, no top 10, e com o Brasil a manter a tendência crescente.
Quanto os projetos no horizonte do grupo que, em 2018, assinalou 30 anos dois deles abrirão este ano: o primeiro deverá ser o Elvas, uma unidade da submarca Collection (cinco estrelas) erguida ao abrigo do programa de qualificação Revive, seguido da segunda unidade no Douro – o Vila Galé Douro Vineyards, vocacionado para o enoturismo e que, numa primeira fase, terá oito quartos, mas que, no prazo de um ano, crescerá até aos 49.
Com a obra a arrancar está a unidade da Serra da Estrela, que se espera esteja concluída no final do ano ou início do próximo. Para 2020 será também a unidade na Coudelaria de Alter – o Vila Galé Alter Real, focado no turismo equestre e que, à semelhança de Elvas, se enquadra no Revive.
O Brasil assistirá à concretização de “uma ambição antiga”: uma unidade em São Paulo. Mas assistirá também a mais um resort do grupo português, o Vila Galé Costa do Cacau, desta vez na zona de Una/Ilhéus (sul da Bahia). Com 500 quartos, está em fase de licenciamento e a expetativa é que abra no próximo ano.
O administrador da Vila Galé deu ainda conta de dois projetos a que o grupo está atento, mas sobre o qual ainda não tomou uma decisão: o hotel do Centro Cultural de Belém e a revitalização do quartel da Graça, ambos em Lisboa.
O grupo possui atualmente 32 hotéis e emprega mais de três mil pessoas.