Estamos perante um consumidor mais exigente que já não acredita em tudo o que vê, e que procura marcas que transmitem conectividade, confiança e genuinidade. Isto é particularmente verdade no mercado B2B. Problema? Este setor vive ainda preso a um conjunto de preconceitos e mitos que comprometem significativamente o seu potencial de comunicação.
A comunicação digital no mercado B2B está normalmente associada a uma comunicação mais corporate, mais “cinzenta”, algo que não faz sentido nem é real. A comunicação em B2B tem de ter vida e um ADN forte para poder atrair os seus consumidores. A ideia de que “só podemos estar no Linkedin” ou que “o Tik Tok é para miúdos” não é real, e temos de nos desprender rapidamente destes “preconceitos”.
De acordo com os dados fornecidos pelo próprio LinkedIn, conteúdos com elevadas partilhas promovem 53% mais engagement na publicação e duas vezes mais se for conteúdo partilhado pelos colaboradores de uma empresa. Cabe-nos a nós, líderes de empresas no mercado B2B, refletir se estamos a trabalhar nesta perspetiva de engagement com as equipas.
A componente digital está cada vez mais vincada, e é importante adaptarmo-nos sem nunca nos esquecermos daquilo que é estruturante para o nosso mercado. Todos os dias, os meios de comunicação tradicionais perdem poder para o Instagram, o TikTok, o Twitter e o Facebook, principalmente as duas primeiras redes.
As redes sociais são “o canal de eleição”, e cada rede tem o seu propósito. Mas não interessa estar presente porque sim, apenas para marcar presença. É importante estar presente com uma estratégia definida de acordo com a nossa audiência. A forma como comunicamos em cada rede não é estanque. Associamos o LinkedIn a uma rede profissional e mais ligada à comunicação B2B. Mas faz parte da evolução e da criatividade das marcas saberem posicionar-se nas diferentes redes, com uma comunicação inteligente e adequada a cada uma, mas, acima de tudo, diferenciadora.
As plataformas de automação ajudam imenso no planeamento e divulgação do conteúdo. Contudo, estas ferramentas acabam por não aproveitar as vantagens de cada plataforma, porque apenas colocam a mesma mensagem simultaneamente nas diferentes plataformas, ou seja, não personalizam os conteúdos. Cada rede tem a sua linguagem e design próprios, e é ao respeitarmos estes critérios que conseguimos destacar a nossa “trend”.
Com o planeamento e a estratégia certos, a comunicação digital em diferentes canais para diferentes targets pode ter um impacto muito relevante no crescimento da rede e na angariação de novas leads. Mais ainda, através de uma comunicação digital real, genuína e pensada para o nosso público, conseguimos construir e selar uma conexão e sentimento de pertença.
O vídeo é o presente e o futuro da comunicação digital, e tem sido, sem dúvida, a ferramenta mais interativa. Não nos podemos esquecer que comunicamos de pessoas para pessoas, sendo que a targetização do nosso conteúdo é fundamental.
No final do dia, é tudo sobre pessoas e sobre a forma como comunicamos com elas. No B2B não é diferente, por isso é crucial não perdermos a nossa identidade na comunicação das nossas marcas, porque isso, sim, vai trazer conexão, força e poder ao nosso conteúdo.