O documento refere que mais de metade dos inquiridos (58%) considera que a transição para uma economia verde deve ser acelerada face ao aumento dos preços da energia e às preocupações com abastecimento de gás, após o conflito na Ucrânia.
Do ponto de vista económico, 73% dos participantes concordam que o custo dos danos causados pelas alterações climáticas é mais elevado do que o investimento necessário para uma transição ecológica, sendo que três quartos acreditam que a adoção de medidas no domínio do clima vai levar à inovação.
Em relação à redução das emissões de gases com efeito de estufa, compensando as restantes emissões para que a União Europeia (UE) tenha um impacto neutro no clima até 2050, cerca de nove em cada dez cidadãos apoia esta ideia. Mais ou menos o mesmo número de pessoas julga que a UE deve estabelecer objetivos ambiciosos para aumentar a utilização de energias renováveis e que é importante a implementação de medidas para melhorar a eficiência energética, como incentivar as pessoas a isolar as suas casas, instalar painéis solares ou a comprar carros elétricos.
Do lado individual, a maioria refere que já está a tomar medidas a favor do clima e a fazer escolhas sustentáveis na sua vida quotidiana. No entanto, considera que é necessária a implementação de reformas para acompanhar este comportamento, responsabilizando os governos nacionais, a UE, as empresas e a indústria.
Quanto aos efeitos das alterações climáticas na vida quotidiana, mais de um terço dos europeus sente-se exposto a riscos e ameaças relacionados com o ambiente e o clima. No seguimento destas respostas, cerca de 84% defende que as questões ambientais devem ser uma prioridade para melhorar a saúde pública.
“Os cidadãos europeus compreendem a ameaça das alterações climáticas e continuam a apoiar a ação climática da UE, dos governos nacionais, das empresas e dos indivíduos. Reconhecem os riscos a longo prazo colocados pelas crises climática e da biodiversidade, mas também a oportunidade que temos de construir um futuro mais brilhante, mais saudável e mais seguro, se atuarmos agora na transição ecológica”, refere o vice-presidente executivo do Pacto Ecológico Europeu, Frans Timmermans. “Os resultados deste inquérito recordam-nos com força que o apoio popular ao avanço do Pacto Ecológico Europeu continua a ser tão elevado como sempre. Cabe aos políticos e aos decisores políticos dar ouvidos a este apelo”, conclui.