Segundo esta investigação, é provável que as alterações climáticas antropogénicas em curso façam com que seja atingido um limite fisiológico em alguns locais, embora a maioria do planeta continue a ser habitável para os mamíferos, mesmo em cenários de aquecimento extremo.
Também está previsto que o próximo supercontinente, que alguns cientistas chamam de “Pangea Ultima”, se forme quando todos os continentes atuais se fundirem numa massa de terra, sendo que o impacto desta formação nas espécies de mamíferos não é claro.
O líder do estudo, Alex Farnsworth, e os seus colegas utilizam um modelo climático que simula padrões de temporada e humidade para prever que os limites de stress térmico serão ultrapassados em todo o futuro território. Sugerem ainda que os níveis elevados de dióxido de carbono na atmosfera poderão ser o dobro dos níveis atuais.
Os autores referem que a localização desta nova geografia agrava o calor e que o Sol vai emitir, também, cerca de 2,5% mais radiação nesta altura, no futuro. Em conclusão, indicam que esta situação poderá deixar apenas 8% da Terra habitável, levando a um risco elevado de extinção à medida que as populações diminuem e se desconectam.