“Trabalhando juntos, podemos vencer esta corrida. Vamos acabar com a emergência oceânica e preservar esta bênção azul para os nossos filhos e netos”, exortou, aludindo à Ocean Race que, pela primeira vez, fez paragem em Cabo Verde, que se tornou o primeiro país da África ocidental a acolher a prova.
Quanto à cimeira em curso na cidade do Mindelo, no contexto da corrida, António Guterres considerou que constitui uma oportunidade para fazer soar o alarme: “O oceano é vida. O oceano é subsistência. E está em perigo.”
Justificando esta afirmação, partilhou que 35% dos stocks de peixe globais estão em a ser explorados em excesso, além de que o aquecimento global está a elevar as temperaturas do oceano para novos máximos, dando origem a tempestades mais frequentes e mais intensas, aumentando os níveis das águas e a salinização da costa e dos aquíferos.
“Enquanto isso, químicos tóxicos e milhões de toneladas de resíduos plástico estão a inundar os ecossistemas costeiros, matando ou destruindo peixe, tartarugas, aves e mamíferos marinhos, abrindo caminho pela cadeia alimentar e, no limite, sendo consumidos por nós”, alertou.