De acordo com o estudo da empresa tecnológica especializada na qualidade do ar, apenas sete dos 127 países analisados cumpriam as recomendações da instituição especializada das Nações Unidas. São eles: a Austrália, a Estónia, a Finlândia, a Islândia, as Maurícias, a Nova Zelândia e Granada. No sentido oposto, estão: o Bangladesh, que supera em mais de 15 vezes o recomendado pela OMS, o Paquistão (14 vezes mais) e a Índia (dez vezes mais).
As capitais também foram avaliadas individualmente, sendo que, desta forma, Nova Deli, na Índia, apresenta uma concentração média anual de 92,7 microgramas por metro cúbico (mais de 18 vezes acima do recomendado) e lidera a listagem. De seguida, encontra-se a capital do Bangladesh, Dakha (80,2); Ouagadougou, capital de Burkina Faso, com 46,6; Dushanbe (46), capital do Tajiquistão; e Bagdá, no Iraque (45,8). Perto das primeiras cidades da lista com a melhor qualidade de ar no ano passado, encontra-se Lisboa, que apresenta uma concentração média anual de oito microgramas por metro cúbico.
As novas diretrizes estabelecidas significaram uma redução para metade da exposição anual considerada segura, de dez para cinco microgramas por metro cúbico. Se os limites anteriores ainda se mantivessem, 40 países e regiões estariam dentro das margens de segurança, incluindo Portugal, que registou, em 2023, um valor médio de 6,8 microgramas por metro cúbico. Este tipo de partículas finas está ligado, em parte, aos combustíveis fósseis e são a causa de cerca de um milhão de mortes prematuras todos os anos no mundo, tal como refere o relatório.