O documento revela que o número de empresas que estabeleceram objetivos para a Net Zero aumentou para 37%, em comparação com os 34% no ano passado. Apesar de o relatório mostrar que existem razões para um otimismo moderado, metade das empresas que divulgam dados sobre as emissões têm registado um aumento das emissões desde 2016. Por outro lado, um terço está a reduzir as emissões, mas, de acordo com as tendências atuais observáveis, não está no bom caminho para atingir zero emissões líquidas nas suas operações até 2050.
Para abordar a questão ao nível empresarial, o estudo apresenta várias estratégias para promover a descarbonização. Algumas delas são a melhoria da eficiência energética, a mudança para energias renováveis, a reinvenção de modelos de negócio, a remoção de carbono, entre outros.
“Atingir a Net Zero é uma oportunidade única para todas as organizações se reinventarem a si próprias e às suas cadeias de valor, alinhando o crescimento do negócio com o imperativo Net Zero, apesar dos muitos obstáculos que têm de ultrapassar”, diz Jean-Marc Ollagnier. “No entanto, não se trata apenas de um desafio empresarial, mas também de um desafio do ecossistema, uma vez que é necessário abordar a desconexão entre a oferta e a procura”, acrescenta.
Para esta investigação, agora no seu terceiro ano, houve o recurso a inspeção manual da documentação pública das empresas, tendo sido complementado por um inquérito global com 1000 executivos de nível C, nos setores do petróleo, gás e energia, indústria pesada e indústria ligeira. Este questionário focou-se nos desafios e prioridades a curto prazo da descarbonização industrial, nas expectativas para as emissões, e nas principais alavancas de receitas e custos para melhorar o caso de negócio financeiro para soluções de descarbonização selecionadas.