As áreas de atuação destas atividades são a gestão dos ecossistemas aquáticos, a gestão territorial, a proteção e conservação da biodiversidade, o restauro ecológico e soluções baseadas na natureza em prol do clima e da riqueza do mundo natural.
“Se, por um lado, temos entidades, projetos ou iniciativas que necessitam de ganhar uma voz e que muitas vezes são iniciativas já a decorrer, no terreno, por outro, temos empresas que necessitam de incorporar a biodiversidade como um elemento ativo da sua estratégia de atuação, como forma de agregar valor ao seu negócio”, refere a Head of Sustainability Knowledge, Maria João Coelho. “Muitas vezes, o que falta é que ambas as partes se encontrem e o grande objetivo do BCSD Portugal (com a criação desta plataforma) é o de facilitar o match perfeito entre oferta-procura-oferta”, explica.
Tendo em conta o âmbito de atuação de cada uma das entidades, os projetos inscritos na bolsa podem ter como propósito a preservação da natureza, o seu restauro ou ainda a compensação de impactos inevitáveis das operações das empresas na natureza. Estas podem ainda ser soluções baseadas na natureza, simultaneamente, em benefício do clima e da biodiversidade ou projetos que podem evoluir para um modelo de negócio, como por exemplo offsets, bancos de biodiversidade, entre outros.
Os projetos que podem ser apoiados ou integrados pelas empresas incluem iniciativas de associações como a Palomabar, VERDE – Associação para a Conservação Integrada da Natureza, SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Montis, LPN – Liga para a Proteção da Natureza, 2adapt, ANP|WWF e Urbem Forests Associação.
“O know-how destas entidades e a capacidade de dar resposta a problemas reais necessita de ser alavancado. Pretende-se que as entidades do terceiro setor possam compreender melhor os desafios do tecido empresarial português no âmbito da natureza e biodiversidade e tenham a oportunidade de aliar os seus projetos a estes desafios, acrescentando valor aos negócios”, acrescenta a responsável.