O inquérito foi realizado a cerca de seis mil pessoas, entre trabalhadores, estudantes, estagiários e jovens que haviam terminado recentemente o ensino superior e pretendiam ingressar no mercado de trabalho. E quase um em dois, ou seja, 46%, gostaria que a sua empresa demonstrasse um compromisso com o quadro ESG. Um em cada cinco, ou seja, 20%, já recusou uma proposta de trabalho quando se apercebeu de que os compromissos de sustentabilidade da empresa não estavam de acordo com os seus valores.
A faixa etária dos 25 aos 34 anos, correspondendo a 55% do total, é a que mais valoriza os compromissos ESG da sua empresa; todavia, as idades compreendidas entre os 18-24 anos, isto é, 51%, e os 35-44, ou seja, 48%, não se encontram muito atrás. Além disso, um em cada três, isto é, 30%, já pesquisou as credenciais de ESG de uma empresa na procura de trabalho, com este valor a ascender a 45% entre os que estão a ingressar no mercado de trabalho, ou seja, dos 18-24 anos.
“Está claro pelas discussões recentes da COP27, que, embora algum progresso esteja a ser feito, ainda há um longo caminho a percorrer se vamos limitar o aumento da temperatura global de 1,5 º C. São as gerações mais jovens que irão lidar com os grandes impactos se falharmos em atingir esta meta, por isso não é surpreendente que isto, e outras considerações interligadas com a ESG, sejam pontos decisivos para muitos quando escolhem onde irão trabalhar”, refere, a propósito, o head of ESG da KPMG no Reino Unido, John McCalla-Leacy.