As flores desabrocharam mais cedo no Japão e no México, as pistas de ski da Europa ficaram sem neve e nos Estados Unidos foram registadas temperaturas de 38°C. Estas foram algumas das situações registadas no mês de fevereiro, que alguns cientistas justificam com as alterações climáticas e ao El Niño.
Outros dos efeitos do calor adicional foram os estragos nos sistemas globais, que levaram ao derretimento dos glaciares nos polos e nas montanhas, elevando o nível do mar e provocando condições meteorológicas extremas, tal como explicou o físico do Instituto Potsdam para Investigação do Impacto Climático Anders Levermann.
Segundo Karin Gleason, o El Niño deverá dissipar-se em meados de 2024 e poderá transformar-se em La Niña, que corresponde a um arrefecimento no Pacífico Oriental, o que poderá ajudar a quebrar a onda de calor no final do ano. No entanto, a NOAA prevê que há 22% de probabilidade de o recorde de 2023 como o ano mais quente ser quebrado, e 99% de que estará entre os cinco primeiros.