Segundo os especialistas, os meses de junho a agosto deste ano foram os mais quentes, globalmente, e por larga margem, sendo que a temperatura média global foi de 16,77ºC, o que é 0,66º acima da média. Além disso, as temperaturas globais da superfície do mar atingiram níveis recordes pelo terceiro mês consecutivo, e a extensão do gelo marinho na Antártida também permanece num nível recorde para esta época do ano. Na Europa, essa irregularidade foi ainda mais notória, onde a temperatura média foi de 19,63º este ano, o que é 0,83º acima dos valores dos últimos 83 anos.
No que diz respeito ao mês de agosto, este foi o mais quente, globalmente, desde que há registos, e mais quente do que todos os meses, com exceção do mês de julho deste ano. Estima-se que estes dias tenham sido cerca de 1,5º mais quentes do que a média nos tempos do início da Revolução Industrial.
“O que observamos não são apenas novos extremos, mas a persistência destas condições recordes, e os impactos que têm nas pessoas e no planeta são uma consequência clara do aquecimento do sistema climático”, comenta o diretor do Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas, Carlo Buontempo. “A probabilidade de vermos outros verões extremos nos próximos anos é muito alta, o estranho seria ver um ano muito frio, isso é que seria algo inesperado”, acrescenta.