O futuro dos combustíveis fósseis, considerada a principal causa da crise climática, está, este ano, no centro das negociações internacionais que culminarão na COP28, a 28.ª conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que se realiza de 30 de novembro a 12 de dezembro, no Dubai. Uma saída dos combustíveis fósseis sem captura de dióxido de carbono também é considerada “indispensável” pelo primeiro relatório oficial de balanço sobre o Acordo de Paris, publicado pela Organização das Nações Unidas. O G7, composto pela Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, já aprovou este ano a aceleração da saída dos combustíveis fósseis, mas sem calendário definido.
O compromisso do grupo composto pelas 19 maiores economias do mundo e a União Europeia, que se reuniu em Nova Deli e que representa 80% das emissões globais de gases com efeito de estufa, foi encarado como um “vislumbre de esperança” para alguns e um “mínimo” para os outros, considerando que a decisão acontece três meses antes da COP28.
No entanto, os líderes reconhecem que limitar o aquecimento global a 1,5°C – o objetivo mais ambicioso do Acordo de Paris – “exige uma redução rápida, forte e sustentada das emissões de 43% até 2030, em comparação com 2019”, de acordo com as recomendações do Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que aponta para um pico nas emissões até 2025.