Integração plena dos temas ESG

Como é que as empresas se devem preparar para os desafios do ESG? O secretário-geral do BCSD Portugal, João Wengorovius Meneses, responde a esta questão.

Integração plena dos temas ESG

Apesar dos desafios da paz na Europa, do aumento da inflação e das taxas de juro, e da disrupção de algumas cadeias de valor, que ainda não recuperaram da pandemia de Covid-19, em 2023 a jornada das empresas para a sustentabilidade deverá acelerar, sobretudo na União Europeia. Os compromissos traçados para a década, nomeadamente, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030 das Nações Unidas, o Acordo de Paris sobre o clima e o Pacto Ecológico Europeu, a isso obrigam. Sem a transição do setor privado para a sustentabilidade, isto é, para a plena integração dos temas ESG (ambientais, sociais e de governance) nas suas cadeias de valor, estes referenciais nunca serão alcançados. No caso de Portugal, há diversos planos e compromissos que irão impactar a atividade das empresas já este ano (e até 2030), entre os quais a recente Lei de Bases do Clima.

Neste contexto, o conjunto de tendências que deverão impactar a atividade das empresas, em 2023, ao nível da sustentabilidade são as seguintes:

  • Novas exigências de reporte de informação não financeira (ESG) e de revelação da pegada ecológica dos produtos nos seus rótulos e embalagens;
  • Novas regras relacionadas com o dever de diligência ESG a montante e a jusante das cadeias de valor;
  • Agravamento das taxas e regras relacionadas com a emissão de gases com efeito de estufa, incluindo sobre produtos importados;
  • Agravamento das exigências ao nível da dimensão DEI (diversidade, equidade e inclusão), designadamente, ao nível da igualdade de género e da inclusão depessoas portadoras de deficiências;
  • Primeiros passos no sentido da criação de regras e soluções para a remuneração de serviços de ecossistema.

João Wengorovius Meneses, secretário-geral do BCSD Portugal

Quarta-feira, 06 Setembro 2023 10:17


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