Depois de, em 2001, o lince-ibérico ter sido a primeira espécie de felino a ser classificada como “criticamente em perigo”, em 2004 foi estabelecido um memorando de entendimento entre Portugal e Espanha que resultou, três anos depois, num acordo de cooperação relativo ao programa de reprodução em cativeiro. Já em 2009, arrancou o centro de reprodução deste animal.
Desde então, a implementação de ações concertadas permitiu uma recuperação, sendo que, em 2015, a espécie foi reclassificada globalmente para “em perigo”. Em 2023, foi superada a barreira dos dois mil linces-ibéricos na Península Ibérica, dos quais 291 em Portugal.
Em reação à mudança da situação, o presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, Nuno Banza, reforça a vontade de Portugal em “continuar a envidar todos os esforços de cooperação, para que o lince-ibérico seja removido das categorias de ameaça da Lista Vermelha da UICN”. “Este é um momento para recordarmos a cooperação intersetorial, inter-regional e internacional, assim como o forte empenho nesta missão por parte administrações e diversos organismos públicos portugueses e espanhóis, de instituições científicas e de diferentes setores da sociedade”, conclui.