De acordo com o relatório, apesar de o preço continuar a ser o fator que mais influencia as escolhas de consumo dos portugueses, na compra e venda de bens reutilizados, isto é complementado por outras motivações, com mais de metade destas compras a serem motivadas por razões não económicas, como encontrar produtos descontinuados.
No que diz respeito à sustentabilidade, isto reflete-se no surgimento de novas exigências que estão ligadas a uma maior transparência em relação a este fator e à qualidade dos artigos. Segundo os dados revelados, 90 % dos consumidores revela o desejo de ver incluído um rótulo “de sustentabilidade” que indique a sua durabilidade, os materiais utilizados e as possibilidades de reciclagem dos mesmos, de forma a facilitar uma escolha informada acerca da sustentabilidade de cada produto.
Contudo, esta consolidação do consumo circular não se reflete apenas na compra de produtos reutilizados, mas também na sua venda. Atualmente, 90 % dos portugueses afirma ter o hábito de rever os produtos que têm em casa pelo menos uma vez por ano para os vender em plataformas de produtos reutilizados, bem como “para ganhar mais paz de espírito e uma sensação de desafogo de bens materiais”.
Outra das tendências é o recondicionamento de produtos, sendo que 70 % dos inquiridos afirma que, atualmente, compram a mesma quantidade ou mais deste tipo de artigos do que há um ano e, até 2030, nove em cada dez destes consumidores acreditam que irão comprar pelo menos tantos recondicionados como novos, ou até mais.