O cientista e responsável da Fundação Oceano Azul Emanuel Gonçalves disse que se espera que mais 40 países assinem o documento. Explicou ainda que a assinatura do Tratado em Nova Iorque é, na verdade, um comprometimento dos países no sentido de ratificarem o documento, sendo que esse processo depende agora do sistema político de cada Estado. Esse processo interno não acontece no mesmo momento em todos os territórios e o acordo só entra em vigor quando for ratificado por pelo menos 60 países.
Se o documento entrasse em vigor em 2025, seria algo quase inédito, salientou o responsável, admitindo que há sempre dificuldades com a implementação, mas que há, também, “a perceção da urgência e da necessidade de mudança”. O cientista assinalou que os oceanos sofrem atualmente “problemas gravíssimos”, como mostra a ciência, e que já não “há tempo para conversas”, pelo que há uma grande “vaga de fundo”, com muitos países a comprometerem-se a avançar rapidamente com a ratificação.
Apesar de tudo, acredita que o pacto vai, de facto, reforçar a conservação e gestão da vida marinha em alto mar, uma zona onde se tem feito de tudo de forma impune, porque estrutura uma nova abordagem, assente numa estrutura legal, e com meios para haver fiscalização.