Ano novo, vida nova, sempre ouvi dizer. E, felizmente, começámos o ano com a notícia de que há sinais evidentes sobre a recuperação da camada de ozono. Se estamos perto da mudança que o ditado aponta? Não sei. Mas, decerto, algo de bom estamos a fazer. E não há notícia mais pertinente do que esta para refletir sobre o caminho que temos vindo a percorrer em termos de sustentabilidade ambiental.
Falo particularmente sobre a área na qual trabalho diariamente, a do desperdício alimentar, um problema considerado dos que mais poluição produz para o planeta.
A meu ver, o bom de fazermos algo positivo é a motivação que isso nos dá para, no futuro, fazermos algo ainda mais positivo. Mudança gera mudança. Olhando para aquilo que foi o nosso passado e perspetivando o futuro que temos pela frente, não é hora de baixar os braços. É hora de reforçar a tendência de continuarmos a emergir no caminho para a sustentabilidade ambiental. É hora de organizarmos os nossos frigoríficos em casa, da mesma forma que organizamos qualquer outro campo das nossas vidas. É hora de integrar a responsabilidade social na estratégia de todas as organizações portuguesas, como forma de acrescentarem valor à sociedade. É hora de criar mais leis que beneficiem as instituições que gerem o seu desperdício de forma responsável. Porque, apesar de estarmos no caminho certo, a comida é um bem precioso demais para ser desperdiçado e ainda há muito a fazer.
Já que estamos numa de ditados, “grão a grão, enche a galinha o papo”, do mesmo modo que, refeição a refeição, se mitiga o desperdício. Se todos contribuirmos com pequenas mudanças de comportamentos e fizermos a nossa parte, de forma responsável e consciente, o futuro só pode ser promissor. O tempo passa e cada vez mais as ações assumem uma maior preponderância sobre as palavras e as intenções. Não basta saber e querer, é fulcral fazer e agir.