O círculo virtuoso do propósito

A presidente da Clara como Água, Clara Cotrim, reflete sobre o aumento da consciência sustentável por parte dos consumidores e de que forma as marcas correspondem às exigências do mercado.

O círculo virtuoso do propósito

Nos últimos anos, temos tido acesso a muitos estudos que revelam que o consumidor privilegia marcas que se apresentam como sustentáveis. Consumidor este que valida a coerência entre o que a marca diz que oferece, a real experiência de consumo e o impacto que tem na comunidade.

Por vezes, a expetativa sai defraudada, com consequências muito negativas. Só para a marca? Vejamos, por exemplo, o casal que resolveu confirmar se os copos “descartáveis 100% biodegradáveis” oferecidos num festival de música, eram mesmo biodegradáveis. Fizeram-no durante o período necessário para validar a promessa, publicando os resultados nas redes sociais. A iniciativa foi alvo de notícia nos media porque, afinal, não era verdade. Mau para a marca, mas também para o planeta.

Quem cria uma marca sustentável tem muito presente a consciência do impacto que quer ter no mundo. Esta consciência é o seu propósito e, pela sua natureza, é o motor da criação de soluções que impactam positivamente o meio envolvente. Esta dinâmica mobiliza, envolve e fideliza os vários stakeholders da marca e, consequentemente, impulsiona os resultados comerciais. Chamo-lhe círculo virtuoso de propósito.

É verdade que as marcas têm o objetivo de ser mais sustentáveis. Umas por imposição do mercado, outras por imposição legal, outras movidas pelo propósito. Estas últimas, tenho testemunhado, conjugam de forma coerente discurso e ação, e encaram as suas vulnerabilidades sem medo, porque sabem que são elas a pedra de toque da inovação sustentável.

Clara Cotrim, presidente da Clara como Água

Quarta-feira, 19 Julho 2023 08:59


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