Regiões Autónomas são as mais vulneráveis à pobreza energética

As Regiões Autónomas, o Minho, Trás-os-Montes e a Beira Alta são as zonas onde a pobreza energética é mais elevada, atingindo valores do Índice de Vulnerabilidade Energética Municipal (IVEM) superiores a 25%, segundo o relatório “Pobreza Energética em Portugal: Uma análise municipal”. Já os municípios com menor pobreza energética são os do Centro e Alentejo, com valores abaixo de 17%.

Regiões Autónomas são as mais vulneráveis à pobreza energética

O estudo, da autoria de Bruno P. Carvalho, Miguel Fonseca e Susana Peralta, mostra que a Tarifa Social da Energia é mais comum nos municípios com um valor mais elevado de vulnerabilidade energética, o que indicia que “a política é bem direcionada, mas, ao mesmo tempo, não permite erradicar a pobreza energética das famílias portuguesas”.

Alandroal e Borba, no Alentejo, têm, simultaneamente, menor desigualdade na distribuição dos rendimentos e menor vulnerabilidade energética. Em sentido contrário, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, nos Açores, e São Vicente e Porto Santo, na Madeira, têm maior desigualdade e maior vulnerabilidade energética.

Os dados do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2021, permitiram também saber que duas em cada dez pessoas não conseguiram manter a casa aquecida e três em cada dez vivem em casas com necessidades de reparação. Outra das conclusões é que a incapacidade para manter a casa aquecida é superior entre quem tem mais de 65 anos, entre as pessoas com nove anos ou menos de escolaridade e entre as pessoas desempregadas. Adicionalmente, quase 40% dos inquilinos vivem em edifícios com necessidade de reparações, o que corresponde a 15 pontos percentuais acima da dos proprietários com empréstimo.

Quarta-feira, 27 Dezembro 2023 09:56


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