No relatório, o conselho nota que, em 2022, questões como a fragilidade da cadeia de abastecimento global e a instabilidade geopolítica desafiaram a integração daqueles critérios pelas empresas. Mas, apesar das dificuldades, as partes interessadas continuaram a exigir ação corporativa e os legisladores continuaram a propor mais regulamentação relacionada com o quadro de sustentabilidade.
Outra tendência para o ano em curso é a valorização do capital humano. O WBCSD começa por enquadrar que o mercado de trabalho é dramaticamente diferente do que existia antes da pandemia de Covid-19. E que mudanças como o trabalho remoto e a preocupação com o propósito redefiniram a relação trabalhador-empregador. Neste ambiente, antecipa que as expectativas de valorização do capital humano continuem a crescer.
O relatório identifica ainda que, apesar de eventos disruptivos como a guerra na Ucrânia, as empresas irão continuar a procurar formas de lidar com as alterações climáticas. Não obstante os esforços para um futuro sustentável, o ritmo ainda não é suficientemente rápido.
O WBCSD inclui ainda como tendência para 2023 a salvaguarda dos sistemas naturais. Na sua ótica, a atenção gerada pela crise climática abrandou a preocupação com a natureza e a biodiversidade, mas esta situação está a mudar. A 15.ª Conferência das Nações Unidas para a Biodiversidade veio colocar o tema de novo na agenda, evidenciando as ligações com o clima.
Das tendências constantes deste relatório fazem, igualmente, parte a construção de cadeias de abastecimento sustentáveis e resilientes; a promoção do consumo e da produção sustentáveis; a aplicação da tecnologia à sustentabilidade; o respeito pelos direitos humanos; e o capitalismo de stakeholder.