Uma visão que se alicerça na certeza de que os consumidores estão a alterar os seus hábitos de mobilidade e de que as marcas precisam de antecipar as suas respostas em consonância com esta nova realidade.

Importava saber, nomeadamente, se a pandemia de Covid-19 impulsionou alterações nos padrões de mobilidade, se as viaturas individuais continuam a predominar nas cidades europeias ou se os meios de micromobilidade conquistaram terreno, mas também antecipar em que medida a mobilidade elétrica está no horizonte dos europeus. E ainda analisar o impacto das alterações climáticas nos hábitos dos consumidores e em que medida essas opções são condicionadas pelo atual contexto socioeconómico.

“Estes temas são muito relevantes para nós no âmbito dos serviços de assistência neste novo paradigma a que o barómetro veio dar respostas”, enquadra João Horta e Costa, adiantando que as respostas serão relevantes para encontrar as soluções de assistência certas para o mercado em que a Europ Assistance atua.

E enquanto ferramenta de trabalho, este barómetro evidenciou a pertinência de algumas das soluções recentemente incorporadas no portefólio da empresa. Concretizando, o estudo indica que 42% dos portugueses têm intenções futuras de adquirirem um veículo elétrico. O que leva o Chief Commercial Officer a realçar que este dado indica que “a Europ Assistance fez uma boa aposta quando decidiu lançar uma solução de assistência em viagem complementar para  veículos eléctricos”. Trata-se do IGO, cujo foco é a mobilidade do condutor.

Por outro lado, ficou a saber-se que quase duas em três pessoas possuem, pelo menos, uma bicicleta em casa. A identificação desta tendência tinha conduzido já ao desenvolvimento da AGILE, uma solução de assistência de mobilidade elétrica para e-bikes e e-scooters. João Horta e Costa nota, a propósito, que esta oferta “veio dar resposta a um mercado em amplo crescimento e com foco nos problemas associados à condução deste tipo de veículos”, referindo-se a tópicos como a autonomia, proteção, mobilidade e conforto.

A Europ Assistance antecipou-se a uma outra tendência que emergiu deste estudo: o interesse por um seguro baseado na proteção individual, e não apenas decorrente da utilização do veículo. Portugal foi, a par da Itália, um dos países que se destacou neste âmbito. Este dado veio confirmar as expectativas da empresa, cujo portefólio se alargou recentemente com o Bmotion, um seguro com soluções de assistência vocacionado para a proteção das pessoas em caso de acidente, independentemente do meio de transporte (automóvel, bicicleta, autocarro, trotinete ou TVDE).

Na mesma linha, de responder ao novo paradigma da mobilidade, inscreve-se o Moveasy, que chegará brevemente ao mercado: consiste numa solução em que a jornada do cliente não se restringe a um só meio de transporte, mas, sim, a um mix entre vários meios. Assenta numa plataforma digital, com os clientes a disporem de um orçamento de mobilidade para utilizar de acordo com as suas necessidades de transporte.

“Um dado curioso que o estudo nos diz é que metade dos europeus revela interesse num orçamento de mobilidade a disponibilizar pela entidade empregadora. É um dado que, eventualmente, teremos de trazer para a nossa abordagem estratégica, no sentido de encontrar formas de dar resposta a esta necessidade das pessoas”, sublinha o gestor.