RTP:

Não ficou provado que a cessação do programa "Este Tempo", da Antena 1, se tenha devido, diretamente, ao desagrado provocado pela crónica de Pedro Rosa Mendes. É este o desfecho do processo de averiguações desencadeado em janeiro pela Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) e hoje tornado público.

A Kantar Marktest foi o candidato preterido na escolha da CAEM - Comissão de Análise de Estudos de Mercado para o sistema de audimetria, mas foi a ele que a RTP recorreu para elaborar a sua proposta de auditoria. 

Este movimento do operador público de TV suscitou uma tomada de posição da APAN - Associação Portuguesa de Anunciantes, entidade que acusa a RTP de "falta de transparência" e de pôr "em causa a confiança no enorme trabalho que ainda está previsto ser desenvolvido".

A queixa que o Telejornal da RTP apresentou quinta-feira relativamente às suas audiências teve afinal origem numa quebra de som na emissão da própria TV pública – apurou o Briefing junto de especialistas em audimetria.

No documento entregue à CAEM, o operador público de TV diz explicitamente que está a seguir recomendações de Isabel Estevão.

O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, afirmou ontem que os operadores de televisão têm de se entender sobre a medição de audiências.

A RTP tem no Facebook cerca de 80 páginas ativas, entre as institucionais, dos canais de TV e rádio e de muitos dos programas da estação televisiva. Ao todo, são mais de 1,5 milhões de seguidores. Mas com o novo perfil da rede social, denominado Timeline, as imagens de perfil e de capa das páginas foram repensadas e redesenhadas.

A agência de meios Nova Expressão demarca-se do comunicado do presidente da APAME, afirmando que é "abusivo falar-se de uma posição comum das agências de meios" no caso da medição das audiências de televisão.

A Associação Portuguesa das Agências de Meios (APAME) defende, em comunicado assinado pelo seu presidente, Alberto Rui Pereira, a existência de um único sistema de medição de audiências e que tal sistema tem de ser definido e validado pela CAEM.

A TVI afirma que as repetidas "incorreções, falhas, omissões e problemas registadas ao longo do último mês lançaram uma dúvida insustentável sobre o mercado de televisão em Portugal" e por isso deixa de reconhecer a validade dos dados da GfK.

A SIC classifica como lamentáveis as "mudanças de opinião e de posição, ao sabor dos resultados diários" em relação à medição das audiências de televisão e recorda que foi a TVI que, em 2010, pediu "auditoria urgente" ao sistema da Marktest.