Segundo o inquérito realizado às redações da RTP, SIC, TVI, CMTV e Porto Canal, a pouca utilização das redes sociais resulta do “desprestígio, em termos de credibilidade, que é atribuído ao conteúdo que neles é publicado”.
“Embora os jornalistas possam supervisionar com frequência as informações que circulam no Facebook, Twitter e Youtube – devido ao lugar que estas plataformas ocupam hoje na vida dos indivíduos e enquanto veiculadoras de informações que podem ter interesse jornalístico –, as fontes tradicionais mantêm um lugar privilegiado no processo noticioso”, revela o estudo.
Na relação dos inquiridos com as redes sociais, em contexto profissional, o Facebook é o canal mais utilizado como fonte noticiosa.
“Hoje, o ritmo vertiginoso da informação perdeu-se nas redes sociais, dando lugar à instantaneidade que se assume, cada vez mais, como um conceito dominante”, afirma a diretora da Comunicar-se, Raquel Garcez Pacheco. “Este processo permite que um acontecimento se propague rapidamente e circule de forma incontrolável podendo levar os jornalistas – pressionados pelas características do próprio meio – a adotarem as redes sociais como fontes, sem que a informação dos mesmos se constitua fidedigna”. Defende, porém, que “a credibilidade dos factos e o contraditório devem sempre assumir um papel preponderante.”
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