Esta informação, divulgada no comunicado enviado à Comissão do Mercado
de Valores Mobiliários (CMVM) pela TVI, surge na sequência da demissão
em bloco da direcção de informação do canal. Em causa esteve a decisão
unilateral da administração de suspender o Jornal Nacional, apresentado
por Manuela Moura Guedes.
Reacções:
O PS exigiu uma explicação “cabal” para a suspensão do Jornal Nacional
apresentado por Manuela Moura Guedes, considerando o ministro dos
Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, que estas demissões em
período de campanha eleitoral são “incompreensíveis”.
Para o vice-presidente do PSD, José Pedro Aguiar-Branco a demissão da
Direcção de Informação da TVI "consubstancia um dos maiores atentados à
liberdade de informação de que há memória depois do 25 de Abril".
A deputada do BE, Helena Pinto, considera “estranho” o cancelamento do
Jornal Nacional, comparando-o ao afastamento de Marcelo Rebelo de Sousa
da mesma estação de televisão
O presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, José
Azeredo Lopes, afirma que o cancelamento do Jornal Nacional é
“absolutamente inaceitável e de uma total ausência de sentido de
oportunidade com uma consequência objectiva de interferência num
processo eleitoral” declarando-se “estupefacto” com o ocorrido.
Já José Eduardo Moniz em declarações à TSF considera um “escândalo” o cancelamento do Jornal Nacional de sexta-feira.
Para Paulo Portas, em declarações à TVI, o cancelamento do Jornal
Nacional foi de “ordem socialista”, classificando-o como um “acto de
censura”.
Para o PCP, também segundo a TVI, a “avaliação sobre a decisão de
suspensão do Jornal Nacional da TVI e a subsequente demissão
apresentada pela Direcção de Informação desta estação não é separável
do conhecido e notório incómodo que, quer o Governo quer o
primeiro-ministro, vinham demonstrando face aos conteúdos e critérios
dominantes na edição deste serviço noticioso nas noites de
sexta-feira”.
Fonte: LUSA