Assim, no número 28 da Rua Marechal Saldanha, subindo as escadas, encontra-se o Café Lapo, cujas salas estão repletas de livros, revistas, discos e quadros, e onde há ainda um pátio considerado “uma espécie de recanto bucólico, quase secreto, a salvo da azáfama da capital”.
Aqui, é possível provar tábuas de enchidos e de queijos, limonadas caseiras, vinhos portugueses, ou cocktails, e há também uma seleção de petiscos que inclui receitas de família, como é o caso do Bacalhau Amanteigado do Tio Artur. Mas nem só de comida se faz este café, que guarda também lugar para exposições, concertos, conferências e tertúlias.
No número ao lado, ou seja, no 26, onde já funcionou a padaria do bairro, fica o Atelier Lapo, marcado por ilustrações a preto e branco, de estilo minimalista. Também no local, há uma loja da marca Lapo, onde se encontram esculturas, cartazes, t-shirts e azulejos, com o propósito de “partilhar ideias, despertar emoções e estimular o pensamento crítico”, refletindo a liberdade de expressão. Todos os artigos são feitos em Portugal e há uma orientação por princípios de sustentabilidade e consumo ético e responsável.
Ao final da tarde, o provador da loja transforma-se numa entrada para uma sala secreta – a Sala do Provador – que se dedica à intervenção cultural e à liberdade artística.
O requinte e a descontração cruzam-se, neste espaço, onde também “os prazeres da mesa” se aliam a espetáculos intimistas. Se, por um lado, os antigos fornos da fábrica de pão dão lugar a uma cozinha tradicional portuguesa, orientada pelo Chef João Pronto, por outro, há um palco que acolhe apresentações de performance, teatro, dança e concertos nas Noites Experimental, Dramática, Irreverente e Sonora, de quarta-feira a sábado.