A autenticidade das marcas é essencial. A Vanessa fala pelo Lidl

“A vida das pessoas foi virada do avesso e estão conscientes do papel que as marcas podem ter em ajudar a uma normalidade, mesmo que seja uma nova normalidade”. São palavras da diretora de Comunicação Corporativa do Lidl Portugal, Vanessa Romeu, que traduzem a visão da insígnia. Não tem dúvidas de que, “em situações como esta, a autenticidade é essencial e é no propósito que se vê isso”.

 

Vanessa Romeu acredita que “o olhar sobre a importância do retalho alimentar no bem-estar social não vai ser o mesmo depois desta pandemia”: “Há uma inegável valorização do nosso trabalho e do papel de todos os nossos colaboradores, que estão entre os heróis da atualidade.”

Desde o primeiro momento – diz – que o Lidl sentiu “a necessidade e a responsabilidade” de intervir. Primeiro, garantindo o fornecimento de bens à população e a segurança dos nossos clientes e colaboradores, o que exigiu rapidez, flexibilidade e capacidade de adaptação. “A intervenção social surgiu em paralelo e de forma proativa”, completa, destacando que este trabalho começou ainda antes de o surto chegar a Portugal, com a criação de um gabinete de crise que antecipou cenários e preparou os planos de contingência, tentando minimizar o fator surpresa.

Foi tempo de adaptação de processos, de otimização da gestão das equipas, e de reajuste dos investimentos em resposta à comunidade. “E, sobretudo, garantimos uma comunicação transparente junto dos nossos colaboradores e clientes. Não tivemos receios em tomar medidas imediatas, que exigiram um foco redobrado na gestão do negócio. Estamos num contexto em que agir é a palavra de ordem e foi o que fizemos”, reforça.

Neste contexto de urgência social a que assistimos, tem sido clara a perceção das necessidades da sociedade, clientes, colaboradores e parceiros”, afirma, acrescentando que a conciliação entre negócio e responsabilidade social está na génese da empresa. “Quisemos assumir uma resposta imediata, proativa e eficaz, e foi o que fizemos”, resume.

E, no que aos colaboradores diz respeito, a diretora de Comunicação refere que foi prioritário garantir a segurança e uma correta informação e proteção dos mesmos, considerando de “extrema importância a aposta numa comunicação interna forte, em permanente atualização, capaz de gerir os receios e comunicar os novos procedimentos coletivos”. “Os nossos esforços centraram-se na disponibilização de informação útil e relevante, no esclarecimento antecipado de dúvidas e na rápida implementação de medidas, permitindo agir de forma eficaz para o exterior. Criámos um microsite interno sobre o tema Covid-19 – também disponível em app – e alargámos o horário da nossa Linha do Colaborador. Privilegiando a segurança, dispensámos os grupos de risco na primeira hora, colocámos em trabalho remoto todos os que pudessem continuar a desempenhar as suas funções dessa forma e adotámos sistemas de rotação de equipas. Investimos fortemente em medidas de segurança implementadas em loja, da colocação de acrílicos e marcas de segurança ao reforço de limpeza de zonas comuns, disponibilização de máscaras e viseiras, álcool e álcool gel para clientes e colaboradores, entre outras – isto para além do cumprimento das medidas decretadas pelas autoridades, nomeadamente a nível de acessos e prioridades. Aqui uma nota para o facto de termos numa fase inicial criado dois horários exclusivos para os grupos prioritários, que podiam também ser utilizados pelos nossos colaboradores”, concretiza. E deixa uma última nota: “Fizemos questão de agradecer o empenho das nossas equipas com um ‘obrigado monetário’ e antecipamos o pagamento do subsídio de férias”.

Em paralelo foram desenvolvidas iniciativas de apoio social, com “o intuito de marcar presença na vida da sociedade de forma relevante, ajudando com sentido e significado”. É neste quadro que se inscreve, nomeadamente, a parceria com a Federação Portuguesa de Bancos Alimentares, através da Rede de Emergência Alimentar, bem como a resposta aos apelos de profissionais de saúde, câmaras municipais e outras entidades, com a doação de diversos bens alimentares e não alimentares (ver caixa). Em curso está também o Mais Ajuda, que visa financiar projetos de impacto e inovação social, tendo disponíveis 150 mil euros. “Acreditamos que a inovação social vai ser crítica para este nosso novo mundo”, sustenta.

No que diz respeito aos critérios de seleção estabelecemos parcerias com entidades credíveis e reconhecidas e financiamos projetos avaliados segundo critérios rigorosos.

Sobre este plano de ação, Vanessa Romeu salienta que a empresa não agiu de forma diferente, apenas mudou o sentido de urgência, porque o contexto assim o exigiu. E, neste contexto, entende que a importância de um propósito se tornou ainda mais relevante: “A vida das pessoas foi virada do avesso e estão conscientes do papel que as marcas podem ter em ajudar a uma normalidade, mesmo que seja uma ‘nova normalidade’. Se há uma coisa que percebemos é que as marcas devem ser relevantes, apoiantes, informativas e autênticas. Em situações como estas a autenticidade é essencial e é no propósito que se vê isso”.

Este artigo pode ser lido na íntegra aqui.

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Quinta-feira, 18 Junho 2020 11:37


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