A CO+K conjuga o verbo criar

A alternativa às agências, que têm vindo a mostrar dificuldades de adaptação ao “novo normal”, é a CO+K, consultora criativa, de capital 100% nacional e que diz ter como principal fator de diferenciação e base de todo o trabalho o “4K Process”.

“Sem ferramentas, formatos ou limitações que condicionem à nascença as soluções, ao mercado propomos uma mudança de paradigma, alterando o processo criativo tradicional ‘Hands On’ e estando em constante cocriação com o cliente”, explica o Founder e Chief Creator Doer, André Coelho, que regressou a Portugal depois de uma grande temporada fora. A consultora participa, assim, desde o início do processo: desenvolve o briefing com o cliente e, juntos, identificam o problema e encontram a melhor solução. Criativos, empresas, estudantes e startups – “que, de outra forma, não trabalhariam juntos” – são conectados, para encontrar o melhor caminho para resolver um problema, que, muitas vezes, é comum a todos e cuja solução deverá ser criada, desenvolvida e testada entre todos e não apenas por uma das partes.

São criadores no “verdadeiro sentido do verbo criar” e dizem agir como catalisadores para a mudança e transformação, apoiando os clientes nas áreas da inovação, design e experiência; branding, publicidade e comunicação; ciência, tecnologia e arte; e business transformation.

E, por falar em “criar”, a CO+K nasce pelas mãos de André Coelho, mas, como “nenhum projeto de sucesso é resultado de uma pessoa, é importante destacar o papel preponderante” que Isa Romão, Nuno Mendão, Joana Gala, Ricardo Traquino e Luís Guimarães tiveram na sua génese. A equipa é composta por oito criadores e apoiada por uma rede de freelancers multidisciplinares e especialistas, que são envolvidos nos projetos “sempre que se justifique e acrescentem valor”. “Assumimo-nos como uma plataforma de portas abertas a criadores, independente do seu background, formação, nacionalidade, género e crença religiosa”, assegura o fundador, justificando que “criativos não são apenas aqueles que estudaram design, escrita criativa ou direção de arte. São artistas, filmmakers, antropólogos, chefs de cozinha, engenheiros, músicos, etc.. É nesse sentido que a CO+K cria as equipas, em função do projeto, e não o contrário”.

O grande desafio da consultora passa por alterar o paradigma de um mercado “viciado, confuso, pesado e gasto” do ponto de vista de soluções. Para André Coelho, a melhor criatividade nasce da fricção, da discussão de diferentes pontos de vista, enriquecida por perfis diferentes e criativos com backgrounds distintos. Por isso, reitera: “Se o desafio é criar uma campanha farmacêutica, porque não envolver um engenheiro biomédico no processo criativo, um focus grupo de doentes e uma comunidade de cuidados de saúde; e colocar o cliente na construção do briefing, dos insights e das oportunidades de comunicação?”.

A CO+K pretende que este novo ano seja o momento de afirmação. Num futuro próximo, a equipa não tem dúvida de que será uma referência nacional na consultoria criativa estratégica e no branding. E, além do mercado nacional e dos clientes com presença global, têm já um cliente “importante” nos Estados Unidos, outro na América do Sul e vários em Moçambique, Angola e Cabo Verde. “Os mercados PALOP são claramente estratégicos para a CO+K. Têm enorme potencial do ponto de vista de oportunidades, mas também de desafios”. 

carolinaneves@newsengage.pt 

Terça-feira, 20 Julho 2021 11:56


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