A Flag iça as tendências de Marketing para 2021

A FLAG pretende continuar a apoiar empresas e particulares a delinear estratégias e a fazer ponderações, através dos seus cursos de formação ministrados por todos os formadores que deram o seu contributo para este e-book e que irão partilhar ao vivo com os formandos a sua experiência e perspetivas para 2021.

 

A pandemia e o confinamento exigido trouxeram limitações ao dia a dia como nunca antes visto. Enquanto as pessoas adaptavam os seus hábitos ao distanciamento físico, as organizações procuravam alternativas para adaptar os seus negócios. As marcas foram obrigadas a olhar para si mesmas e perceber de que forma se poderiam adequar rapidamente a este desafio, mantendo o negócio vivo. Esta circunstância impulsionou novas tendências e acelerou comportamentos. Como diz Daniel Pereira, formador FLAG de Search Engine Marketing e diretor executivo na MindSEO, “a COVID-19 acabou por obrigar a aceleração de alguns negócios ou obrigar todos, no geral, a ganhar foco no digital.”

“Adaptabilidade” foi uma das palavras na área do marketing para  2020 e a tendência não é para ser esquecida. A forma como se pensam os negócios e como são comunicados tem tido grande destaque, tal como a necessidade de adaptar as marcas e dar atenção aos problemas dos consumidores. São necessários “conteúdos orgânicos, úteis, originais e que façam sentido, relevantes, que entreguem valor aos canais e consumidores, (…) de conteúdos irrelevantes e déjà-vu está a net inundada”, diz Miguel Maio, formador FLAG em Search Engine Marketing e Global SEO Specialist na Mercedes-Benz.io. Já João Nuno Pinto, formador FLAG de Marketing de Produto e diretor de Marketing de Portugal e Espanha na Sumol+Compal, afirma que há “duas grandes prioridades: a focalização dos investimentos nas marcas que geram um maior e mais rápido retorno e a capacidade de desenhar um plano de marketing suficientemente flexível para um contexto de negócio que continua a ser muito imprevisível”.

Miguel Brandão, formador FLAG na área de Search Engine Marketing e responsável de SEO na SEOlabs, entende que “não basta estar no digital, será preciso toda uma estratégia de Marketing bem pensada”. Também Afonso Malheiro, consultor e formador FLAG de Social Media Marketing, indica que as “boas marcas” tiveram de fazer “mudanças na estratégia de conteúdos” e “conversar com os seus seguidores de forma mais humana”. O formador FLAG em Marketing Digital Diogo Pinheiro, COO na Legendary, partilha que as marcas que usem as redes sociais de forma útil e relevante para cada cliente poderão tornar-se cada vez mais próximas dos seguidores.

As marcas têm oportunidade de orientar estratégias e apostar no desenvolvimento de websites, marcando presença em aplicações marketplace direcionadas para dispositivos móveis. Bruno Abrantes, formador FLAG em Email-marketing e Facebook/Instagram Ads e CEO na MaisCarreira, alerta que qualquer empresa, pequena ou média, tem de ter um website que facilmente permita às pessoas saberem o que faz, como contactá-la ou comprar os seus produtos e serviços. Teresa Lameiras, formadora FLAG de Construção de Marcas e diretora de Marketing e Comunicação SEAT, reforça que haverá uma “aposta mais qualitativa nas oportunidades das ferramentas digitais como forma, não apenas de comunicar, mas de prestar serviços.

A barreira entre a social media e o e-commerce está a dissipar-se. A grande quantidade de tempo passado nas plataformas sociais, comportamento transversal a várias faixas etárias, originou o desenvolvimento de ferramentas e deu a oportunidade às marcas de terem outras formas de divulgar os seus produtos. O formador FLAG de E-Commerce Gilberto Pereira, diretor de Operações na MindSEO, considera que as compras online continuarão a ser uma preferência, mas chama à atenção para a importância do planeamento e da implementação cuidada da estratégia no respeitante a estas plataformas.

O WhatsApp está também focado nas empresas, no atendimento personalizado e nas compras rápidas, e agora oferece a possibilidade de efetuar as compras diretamente na aplicação. Igualmente a privilegiar as compras através de social commerce, surge o Instagram Shopping com a possibilidade de realizar o checkout, reforçando a posição no dia a dia das empresas. Pedro Rebelo, formador FLAG na área de Social Media Marketing e Digital Strategist no Governo, aborda esta temática: “Numa perspetiva mais prática, penso que, em termos de paid media, irá aumentar o investimento no Instagram, considerando a ideia de menor compromisso da imagem relativamente às palavras ou, pelo menos, o aumento de um menor grau de atenção”.

Há mais de 10 anos que o Facebook permanece no topo da lista das redes socias mais utilizadas em Portugal. Contudo, especialmente os mais jovens têm procurado outras alternativas: querem as suas experiências e aplicações onde os pais e avós não estejam. Em 2020, o TikTok foi “sensação”, chegando a ser uma das aplicações mais descarregadas. Os vídeos rápidos e criativos causaram tanto impacto que o Instagram lançou uma funcionalidade semelhante chamada Reels. O TikTok for Business veio reforçar a presença da rede social e tenta afirmar-se este ano. Neste seguimento, Gislaine Marques, formadora FLAG de Web Copywriting e digital copywriter na Back Communication, chama à atenção para a importância do acompanhamento dos KPI de publicações guardadas e dos conteúdos partilhados nos stories das redes sociais.

As lives aumentaram e muitas foram mesmo recordistas de visualizações, tornando-se “virais” e notícia fora do meio digital. Graças a esta forma de comunicar em tempo real, foi possível diminuir a distância entre as pessoas. Formações, webinars, eventos, concertos, entrevistas e reuniões são exemplos das muitas adaptações para o digital.

Esta funcionalidade permite a interação momentânea, sem barreiras, entre marcas e influenciadores com o seu público, a partilha de experiências, de perguntas e de respostas. É ideal para fazer com que a marca transmita autenticidade. Uma das exigências para 2021 é a “verdade”, tanto para as marcas como para os influenciadores. Como defende Vera Maia, formadora FLAG de E-commerce e CEO na Tudo Sobre eCommerce e na Shaeco, “é de extrema relevância o contacto direto com o consumidor por parte das marcas e a sua capacidade de influência”. Também Vanessa Arlandis, formadora FLAG de E-Commerce e Marketing & Online Director na Moviflor, e Catarina Sanches, formadora FLAG de Social Media Marketing e Senior Social Media Manager na Wunderman Thompson, lembram a importância que o marketing de micro-influência terá.

Tiago Almeida Nogueira, formador FLAG na área de Social Media Marketing e diretor de Marketing na FOLLOW – Health & Business, explica que o “principal receio dos consumidores deve ser o principal receio das marcas”, e acrescenta que “sair com uma expectativa defraudada no relacionamento com uma marca, quer seja pelo apoio ao cliente, quer seja pelo produto/serviço, quer seja pela demora ou por outro fator, irá defraudar a expectativa de relação com uma marca”.

Para a formadora FLAG de Social Media Marketing Joana Rita Sousa, digital strategist na Joana Rita ponto EU, um dos desafios é relacionar os espaços físico e online, e compreender como podem ir ao encontro das necessidades do consumidor. Desperta para esta necessidade, a Google procurou soluções para as marcas se manterem ativas remotamente e lançou a plataforma Fundo, que promete ligar influenciadores com o seu público e, com isso, partilhar talentos, criar memórias e ganhar receitas.

O conceito de “omnicanal” está diretamente ligado ao e-commerce, contudo vai para além dele. Permite às empresas ter um maior controlo e conhecimento da jornada de compra, com informação completa a todos os níveis. Para oferecer este tipo experiência híbrida é preciso mais do que um website de e-commerce bem construído ou uma compra bem-sucedida cara a cara. Para Helena Santos, formadora FLAG em Social Media Marketing e digital Marketing Manager na Accenture Interactive, “o controlo de dados e custos por parte dos anunciantes prevê uma (…) internalização das atividades de media (…) e a necessidade de trabalhar a estratégia digital como um todo”. Também Fernando Batista, formador FLAG em Marketing Digital e diretor executivo da Do It, defende que “a principal prioridade dos responsáveis de marketing será consolidar a presença online (…) com a presença offline, de modo a suportar uma estratégia omnicanal, sem esquecer de reforçar a linha de contacto e apoio ao consumidor”. E Jorge Oliveira, formador FLAG em Vídeo Marketing, reforça ser necessário “rever o design de toda a experiência com o consumidor, assumindo que físico e digital são dois canais e dois layers da mesma realidade e da mesma relação”.

As equipas de marketing são constantemente chamadas a desenvolver o seu sentido de urgência e pede-se que estejam ainda mais atentas à atualidade. Pede-se que repensem o seu plano de comunicação, com duração de ciclos mais pequenos com foco nas soluções para o problema. Prognosticar uma estratégia de marketing para o ano seguinte é sempre um desafio. É essencial fazer algumas estimativas e colocar hipóteses em relação ao mercado e ao quanto isso influenciará empresas e consumidores.

briefing@briefing.pt

Segunda-feira, 08 Fevereiro 2021 12:51


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