Com o aumento da desinformação, é preciso arranjar “respostas eficazes que levem à identificação das técnicas, dos agentes e vetores usados na sua disseminação”. A Fundação e o IUE de Florença juntam-se, assim, para responder aos desafios causados pela era digital, “que têm causado sérias ameaças à democracia”.
“Não tenho dúvidas de que precisamos de nos empenhar todos, com a colaboração dos setores público e privado, para enfrentar esta ameaça. Apoio totalmente as fortes salvaguardas que garantirão a independência do fundo e incentivo doadores privados a participarem nele. A Comissão continuará a trabalhar em estreita colaboração com a EDMO e a apoiar os seus objetivos”, afirma a vice-presidente para os Valores e a Transparência da Comissão Europeia, Věra Jourová.
O Fundo vai atribuir subsídios a investigadores, entidades sem fins lucrativos e outras que se empenham em combater a desinformação e que solicitem apoio para iniciativas de verificação de factos ou de literacia digital. Vai, também, atribuir bolsas individuais a jovens estudantes, académicos, investigadores e decisores nestas áreas.
A presidente da Fundação Gulbenkian, Isabel Mota aplaude a parceria entre as duas instituições, exprimindo a sua “profunda satisfação e expectativa nos resultados deste projeto inovador, criado para promover a literacia digital, evitar novas exclusões sociais, e combater fenómenos de desinformação e notícias falsas capazes de pôr em causa valores fundamentais como a democracia e os direitos humanos”.
Por seu lado, o presidente do IUE, lembra que “a desinformação online é um dos grandes desafios das sociedades do nosso tempo”. Renaud Dehousse acrescenta que é uma “honra para o Instituto estar associado ao Fundo Europeu para os Media e Informação, que será uma ferramenta crucial para entender e lidar com estes fenómenos através de investigação rigorosa e partilha de conhecimento, que são a grande finalidade de existência do Instituto”.