O que não está estampado nestas palavas é que tudo isto pode facilitar qualquer negócio ou área, nomeadamente no marketing. Ora, em vez de remeter para aquela caixinha complicada, deveríamos colocar estes termos noutra caixa com uma etiqueta de “coisas que me vão facilitar a vida” ou, neste caso, o trabalho.
No Marketing, já é usual ouvirmos alguns palavrões, nomeadamente no marketing digital, como “CPC, CPA, CTR, bounce rate’s, engagement”. Tudo isto são dados, métricas que dão suporte para definir, mudar ou melhorar estratégias. Mas, e se houver uma forma mais atrativa de ler esses dados? Ou melhor, se conseguirmos obter ainda mais insights?
As soluções de Data Analysis ou Business Intelligence vão mostrar não só todos os dados necessários, personalizando o que queremos ver, de que forma queremos ver, em qualquer lugar a qualquer hora, como também e, mais importante, vão permitir que o departamento de marketing tenha acesso a diferentes informações, de forma mais pormenorizada, trazendo com isso um poder de decisão muito mais assertivo.
É claro que as estratégias de marketing dificilmente existem sem dados, porém, não podemos com isto descurar as pessoas que os analisam, pois sem essas mesmas, nada acontece. O que precisamos é de formas simples que as ajudem a tomar decisões mais assertivas, levando a estratégias verdadeiramente eficientes. O Business Intelligence, quando bem implementado e utilizado, promete isso mesmo.
Além de um planeamento mais rápido e assertivo, uma vez que os dados apresentados e interligados entre si fornecem informações mais claras, é possível uma análise em tempo real das mesmas. Isto significa que, ao invés de analisarmos comportamentos “passados”, conseguimos focar-nos em padrões totalmente atuais por parte do nosso potencial cliente.
Porém e por experiência própria, o maior benefício sentido por um profissional de marketing é ter todas as informações num único local. É comum a existência de dados em diferentes canais, o que torna todo o report demorado e confuso, levando mais facilmente a erros de análise. Sendo possível a interligação de todas estas fontes de dados potenciais, quer a nível de redes sociais (Facebook, Instagram, Twitter, Linkedin, YouTube) quer a nível de website, intranet ou loja online, com dados de mercado que podem afetar o negócio (indicadores demográficos, indicadores de previsão meteorológica, etc.), pode ainda obter-se um BSC (balanced scorecard) da atividade geral e do comportamento do cliente / consumidor, de forma a atuar preventivamente na melhoria da comunicação.
Deixando assim de lado tabelas de excel perdidas em vários computadores e ganhando espaço não só para uma melhor interação e informação sobre o consumidor/cliente, como também para o próprio departamento de marketing, a otimização contínua vai criar melhores oportunidades de negócio e abrir portas a um novo caminho: uma cultura baseada em dados.
Mariana Vaz, Head of Marketing and Communication na IMBS