A campanha é, assim, um convite à reflexão sobre a situação em que os refugiados vivem. Segundo o Relatório Estatístico do Asilo de 2022, Portugal é o segundo país da União Europeia que mais recebe refugiados e, no ano passado, acolheu mais refugiados do que nos últimos dez anos.
Devido à guerra, o País recebeu 50 mil ucranianos num só ano e a campanha surge exatamente para superar estigmas na relação com os estrangeiros que precisam de abrigo por enfrentarem situações de emergência nos seus países de origem.
O conceito criativo dá a conhecer situações reais vividas pelos refugiados como “E se fosse eu a reduzir a minha vida a uma mochila?” ou “E se fosse eu perdido num mar de solidão?”.
A campanha digital inclui um conjunto de infografias sustentadas em dados estatísticos relativos à população refugiada e vídeos que apresentam de um lado testemunhos reais de refugiados e, do outro, a perspetiva de cidadãos portugueses sobre a situação em que muitos refugiados vivem.
O presidente do JRS, André Costa Jorge, destaca que “o crescimento do número de deslocados e de refugiados em 2023 é quase uma certeza pela intensificação dos conflitos e a potencial escassez de alimentos”. “O investimento na capacidade de acolhimento sobretudo de população refugiada que continuará a chegar a Portugal na lógica de solidariedade europeia”, diz.