Briefing | A Loba cumpriu o 20ª aniversário em 2020. Em que se sustenta a maioridade da agência?
João Gaspar | No ano do 18º aniversário o mote foi esse mesmo: o da maioridade, em que assumimos as nossas responsabilidades com o mercado, a comunidade e a equipa. Hoje, com 20 anos, estamos orgulhosos na história que juntos temos vindo a escrever e sabemos que o melhor ainda está por vir. Somos cada vez mais sustentáveis, com as pessoas certas, e dinâmicas sempre em melhoria contínua.
Onde residem as maiores potencialidades de crescimento?
JG | Os desafios do crescimento sustentado passam pelas nossas capacidades de: especialização em determinados serviços e setores; internacionalização; trabalhar de forma deslocalizada para maior captação e retenção de talento; gerar parcerias profícuas. A este propósito, lembro que o nosso crescimento tem sido feito também com processos de integração de outras agências.
A dimensão atual da agência agrada-vos?
JG | Estamos preparados para crescer. Acredito que a nossa estrutura organizacional está preparada para aumentar em números de localizações, projetos e equipa sem significativo aumento dos custos de estrutura. Enquanto sentirmos que estamos a cumprir a nossa missão de forma sustentável, continuaremos a investir no crescimento.
Têm como objetivo abrir novos escritórios?
Adelino Silva | As aberturas de novos escritórios têm surgido “organicamente”. Novos escritórios são um suporte ao crescimento e é, portanto, provável que continuem a acontecer. Estamos a abrir um novo escritório no Porto. Queremos crescer em Lisboa. Podemos crescer em quaisquer localizações nacionais. E um escritório fora de Portugal vai também com certeza acontecer.
Qual a importância do mercado internacional para a agência?
JG | Temos experiência internacional em vários domínios. Temos alguns clientes e projetos nos mercados do Brasil, Angola e vários países da Europa. Temos também uma área na empresa dedicada a projetos europeus, financiados pela Comissão Europeia, onde já executamos 25 projetos em consórcios internacionais. Nestes projetos, temos feito tudo o que tem que ver com a comunicação destes projetos, desde o branding aos eventos e a todas as plataformas digitais.
O mercado internacional é um dos desafios que temos pela frente no sentido de sermos uma agência global e dessa forma ajudar ainda mais os nossos clientes nos seus processos de internacionalização.
E os prémios são importantes no trajeto da LOBA?
AS | Os prémios são uma consequência da motivação, qualificação e trabalho da equipa, conjugada com as oportunidades proporcionadas pelos clientes que confiam em nós. Não trabalhamos para os prémios e eles assumem-se como um barómetro da qualidade e impacto do que fazemos. Assim, são um reforço motivacional para a nossa equipa e um fator de diferenciação para o mercado.
De que modo inferiu a Covid-19 nos objetivos traçados para 2020?
JG | O confinamento provocado pela pandemia da Covid-19 é um excelente caso de estudo para nós. Antes de sermos impelidos a isso pelas medidas oficiais, assumimos de um dia para o outro o home-office para mais de 100 pessoas. Isto trouxe desafios organizacionais e de fluxos de trabalho. Por outro lado, tivemos projetos nas áreas mais promocionais que foram suspensos ou adiados.
Apesar disto, assumimos um desígnio coletivo de mantendo a equipa e o nível de entrega, de adaptar os serviços e projetos às necessidades dos clientes e conseguir manter as nossas metas para 2020. Foi um período de grande entrega de todos, com muitas experiências e aprendizagens que ficaram para o futuro, e fechamos o primeiro semestre acima dos nossos objetivos.
Qual a estratégia e objetivos de negócio para 2021?
JG | No final de cada ano fazemos uma avaliação e redefinimos novas estratégias e objetivos. E o nosso ano começa com o evento LOBA SUMMIT onde em equipa apresentamos o balanço e nos alinhamos para o novo ano. Estamos numa trajetória de crescimento e de constante adaptação e acredito que para 2021 o nosso maior desafio tenha que ver com o nosso “workplace”.
Os desafios do teletrabalho e da captação e retenção de talento, conjugados com a manutenção do nosso espírito “lobático” e desejo de maior internacionalização, levam a que o nosso espaço de trabalho alargado – espaço físico e virtual e as nossas práticas organizacionais – sejam a nossa maior oportunidade e simultaneamente o nosso maior desafio.
Qual a maior ambição da agência?
AS | A nossa maior ambição é ter um papel ativo na promoção da temática da experiência de cliente enquanto fator crítico de sucesso para as organizações. Queremos contribuir para que os negócios assentem numa estratégia de valorização da relação com os clientes. E isto vem agregado ao nosso propósito de valorização dos profissionais que trabalham na área do Marketing e da prova que podemos trabalhar com excelentes profissionais em qualquer lado.
E dentro de cinco anos, ao 25º aniversário, o que gostariam de ter conquistado?
AS | Procuramos desenhar uma organização verdadeiramente sustentável, que assente na visão que nos trouxe até aqui, prossiga a sua missão de forma autónoma.
Por outro lado, em 2018 definimos a meta de faturação de cinco milhões de euros de serviços em 2020 e de 10 milhões de euros em 2025. Gostávamos de cumprir este objetivo.
Esta entrevista pode ser lida na íntegra na edição impressa da Briefing