A lusitânia está no ADN da Galp. Conta a Joana

A Galp é a energia dos portugueses, desempenhando um “papel fundamental” na vida das pessoas e das empresas. Há mais de 40 anos no mercado português, faz parte do seu “património”, declara a diretora de Comunicação e Marketing da Galp, Joana Garoupa.

“Privilegiamos a proximidade com o cliente, parceiros e consumidores, e mantemos uma ligação forte assente numa grande marca nacional com enorme capilaridade no País, Continente e Ilhas”, começa por dizer a diretora de Comunicação e Marketing da Galp. Joana Garoupa salienta a existência de um “capital de confiança trabalhado todos os dias”. Nota que a portugalidade está patente, desde logo, na forma como a marca se mescla com a própria história do País e, com mais de quatro décadas de existência no mercado português, faz parte do seu “património”.

“Acarinhada por muitos, marcou gerações com produtos inovadores (Pluma, Evologic), irreverências comunicacionais (Campanhas Miúda do Gás e Diácono Remédios), galvanizou a pátria no apoio à Seleção Nacional (hino menos ais, Leva Portugal a peito) e espalhou alento pelo território nacional (Camião da Esperança)”, prossegue. E numa alusão ao real impacto da marca na vida das pessoas, Joana Garoupa frisa que esta realidade é ainda mais evidente nos momentos de dificuldade. “O sobressalto que 2020 trouxe ao mundo que conhecíamos, veio confirmar isso mesmo”, justifica.

“A Galp trabalha diariamente para entregar produtos e serviços de qualidade alinhados com as necessidades dos seus clientes e vai consistentemente introduzindo inovação e disrupção na sua oferta, pensada para acrescentar valor a quem nos procura”, sustenta, adiantando que foram apresentadas recentemente, no Capital Markets Day, várias novidades em matéria de investimentos, alinhados com os compromissos assumidos no Acordo de Paris e com o Roteiro Nacional para a Neutralidade Carbónica. “A Galp pretende prosperar durante a transição energética, pretendendo ter, no final da década, um portefólio global mais eletrificado, diversificado e descarbonizado”, destaca.

Este movimento, adianta, passa pela crescente aposta nas energias renováveis, particularmente solar, sendo que, diz, a Galp é já um dos principais players da energia solar fotovoltaica na Península Ibérica. “Continuaremos a fazer esse crescimento apostando simultaneamente no auto consumo solar através, por exemplo, da recente empresa do grupo, a Ei – Energia Independente. Vamos continuar a liderar na mobilidade elétrica, prevendo o crescimento dos pontos de carregamento de carros elétricos para 10.000 na Península Ibérica até 2025”, especifica. Está ainda prevista a transformação gradual da unidade industrial de Sines num centro de energia verde, e será alavancada no acesso ao hidrogénio verde, o que permitirá outras aplicações industriais, tais como a produção de combustíveis sintéticos, apoiando uma significativa redução de emissões até 2030.

A diretora de Comunicação e Marketing da marca comenta, entretanto, que a criação, em 2019, de uma nova unidade de negócio – Renováveis & Novos Negócios – permitiu iniciar um percurso de diversificação de portefólio, apontando para fontes de energia limpas. E com este novo caminho iniciaram-me novas perspetivas em matéria de inovação, sublinha. Neste contexto, refere a UP – Upcoming Energies, designação da plataforma colaborativa que arrancou no início de 2020, com sede em Lisboa, e que pretendeu abrir a porta da Galp ao ecossistema mundial de inovação. “É a sua fábrica de inovação com foco na procura de soluções para os eixos da transição energética, mobilidade, digital e economia circular”, declara. Além da Ei, a Galp inaugurou, em 2020, a GoWithFlow, empresa de software e serviços que construiu a primeira solução completa de Gestão de Mobilidade Sustentável (SMM) para empresas e cidades terem a oportunidade de diminuir a sua pegada ambiental.

Sublinhando o facto de a Galp ser mais do que uma marca, Joana Garoupa lembra que, no âmbito da responsabilidade social, a Fundação Galp está comprometida com a “geração de valor sustentável” para as comunidades e gerações futuras, alicerçando a maior parte das suas iniciativas nas áreas da educação, sustentabilidade e transição energética. Os programas de voluntariado, realizados com colaboradores e membros das comunidades, permitiram já organizar, por dois anos, o Movimento Terra da Esperança, que plantou perto do objetivo final do projeto – 500 mil árvores – e tem levado às escolas aulas sobre consumo sustentável e energia, explica. De referir que no âmbito dos programas educativos Galp, só em 2020 foram dadas mais de 210 aulas a mais de 5.000 alunos por 85 voluntários Galp, sob a chancela do Programa Future Up, em parceira com a Apps for Good e a Junior Achievment Portugal. A responsável acrescenta que, durante este ano, voluntários Galp mobilizaram-se para participar e dar sessões de formação sobre variadas temáticas empresarias, de gestão e comunicação de projeto, ultrapassando mais de 340 professores impactados. Fruto da ligação à educação e à sensibilização das pessoas para o impacto que podem ter na comunidade, recentemente, em virtude das condições que o contexto da pandemia impôs, foi desenvolvido um programa de oferta de computadores, entregando, no espaço de um ano, 1.300 equipamentos. Ao todo, desde o início da pandemia, foram doados 700 computadores, distribuídos por mais de 20 agrupamentos de escolas, e ainda 600 computadores a filhos de colaboradores.

“A pandemia foi, na realidade, uma prova de esforço para a sociedade e serviu igualmente para reforçar a importância do papel das empresas em alturas mais difíceis”, frisa. Entre os apoios às necessidades sociais e de saúde mais prementes nas várias geografias onde a Galp opera, nota para a dinamização de um projeto que ganhou destaque pela capacidade de levar esperança às pessoas. “Dedicado a promover a acessibilidade de testes à Covid-19 em locais onde esta era difícil para as populações, o Camião da Esperança percorreu mais de 3.000 km de norte a sul do país, e fez mais de 2.500 testes”, revela Joana Garoupa. Em 2021 está, entretanto, em curso o movimento nacional “Todos os Passos Contam”, uma iniciativa que transforma quilómetros em refeições, encontrando-se a bom ritmo para oferecer um milhão de refeições através da Rede de Emergência Alimentar a famílias impactadas pela pandemia, conclui.

briefing@briefing.pt 

Quarta-feira, 14 Julho 2021 11:48


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