Briefing | O que motivou a reestruturação e o rebranding?
Mafalda Boavida (MB) | Apesar das ambições que tínhamos e de termos como certo o caminho por onde queríamos ir, começámos a sentir que estávamos a ficar um pouco estagnados. Queríamos dar um salto, mas sabíamos que iríamos acabar por precisar de algum apoio ao nível de equipa e, principalmente, estratégico para fazer isso acontecer. Nem de propósito, parecia que estava tudo alinhado. Acabámos por conhecer o Vítor e o Paulo, que, na altura, estavam a desenvolver um projeto em conjunto e que vinham de uma área onde nós queríamos muito crescer. Percebemos que partilhávamos as mesmas crenças em relação ao futuro do mercado das produtoras e que faria todo o sentido “juntar os trapos”. Combinámos energias, fizemos a equipa crescer e, finalmente, tivemos a força para avançar.
Todos temos backgrounds e know-hows diferentes, o que nos facilitou a junção, pois acabámos todos, um bocado, por ser “esponjas” para novo conhecimento. A partir daí, foi só dar corda aos sapatos. Aproveitámos esta junção para, além de definir um novo posicionamento e a estratégia, fazer um rebranding à produtora – tornar a imagem mais disruptiva e mais clean. Mais mad.
Como se posiciona agora a produtora?
MB – O novo posicionamento assenta no equilíbrio entre sermos mais abrangentes e mantermos a mesma qualidade. O desafio foi, exatamente, perceber como, e em que moldes, poderíamos trabalhar em várias áreas, mantendo a nossa linguagem. Desta forma, tornámo-nos uma produtora mais ampla e abrangente, que vai desde os videoclipes e branded content ao segmento publicitário, com campanhas multimeios, e até aos editoriais de moda e às produções fotográficas. O cuidado do storytelling, da criatividade e da qualidade, em qualquer um dos conteúdos, tornou-se o nosso fio condutor para cada projeto.
De que forma se distingue a Madstudios das produtoras concorrentes?
Vítor Cepeda Lopes (VCL) – Acho que começa por termos noção de que o mercado das produtoras é uma “batalha de iguais” e isso sempre nos levou a focar naquilo que realmente acreditamos. Assim, conseguimos trazer para cima da mesa uma nova visão que tem como base três pilares muito fortes para nós: o “Content Quality Equality”, o conceito de produção 360º modelar e multidisciplinar, e o storytelling.
O “Content Quality Equality” surge porque acreditamos que no mundo atual, sempre conectado, as empresas, marcas e outros clientes, também, precisam de estar sempre a comunicar e de o fazer com qualidade e coerência. Por isso, acreditando que todos os conteúdos merecem ser de qualidade, independentemente do seu tipo – e não tendo a ambição de sermos uma produtora de uma única vertente –, faz todo o sentido “lutar” por esta igualdade, de forma a conseguir ajudar os nossos clientes em várias áreas.
Desta forma, acabamos por conseguir tratar todos os projetos de igual forma, mantendo sempre a qualidade estética e do storytelling. Neste sentido, surge a necessidade de termos o tal conceito de produção 360º que referimos há pouco, modular e multidisciplinar, que nos dá o “jogo de cintura” necessário para sermos, realmente, a melhor solução.
Isto significa, na prática, que podemos abraçar um projeto desde a gestão à criatividade, passando pela produção até ao produto final, seja ele filme ou fotografia – ou os dois, até. E podemos, também, ter os módulos em separado, seja porque o projeto assim o exige ou porque o cliente pediu.
Afirmam que querem “desafiar o status quo”. O que trazem de novo ao mercado?
VCL – Queremos focar-nos em contar boas histórias, independentemente do meio ou segmento, com uma abrangência que vai dos filmes publicitários a editoriais de moda, passando pela animação ou filmes institucionais. E, aqui, os nossos storytellers são a cereja no topo do bolo na nossa cultura como produtora.
É desta forma que desafiamos o mercado de produtoras. Num mercado no qual todas vendem fotógrafos, realizadores, criativos, nós vendemos storytellers que dão este nosso cunho MAD, sem medo de entregar o seu lado criativo aos projetos, tornando-os, também, nossos. Perceber como podemos ser uma mais-valia e não ter medo de mostrar a nossa abordagem e propor caminhos diferentes.
Concluindo, o que queremos, acima de tudo, é sair da zona de conforto e levar os clientes connosco. Queremos mostrar uma abordagem mais criativa e próxima a cada projeto, mas, também, próxima do cliente. Utilizar o nosso storytelling para dar vida à visão dos clientes. Tudo isto de uma forma altamente profissional, qualitativa e criativa, seja qual for o projeto.
Qual a ambição para este novo ano?
MB – A nossa ambição – e não é “apenas” para este ano – é conseguir chegar a mais agências, clientes e, cada vez mais, mostrar a nossa abordagem e cultura. Queremos continuar a acrescentar valor com o nosso cunho criativo e disruptivo, sempre com foco na qualidade, na resolução de problemas e numa ótica de parceria. Crescer com as marcas com quem já trabalhamos e fidelizar novos clientes.
VCL – Além disso, temos, também, a ambição de, num futuro próximo, expandir os nossos horizontes para o universo da ficção, abrindo um novo leque de oportunidades para os nossos storytellers, bem como para os nossos clientes.