Briefing | O que a levou a assumir o desafio de dirigir o Marketing da Mary Kay?

Mariana Garcia | Motivaram-me os valores da marca. Apesar de já terem passado 60 anos da criação da marca, os seus valores continuam muito presentes: o empoderamento da mulher, ajudá-la a atingir os seus objetivos e a ser financeiramente independente. E também porque somos muito mais do que uma marca de produtos cosméticos. Através das nossas consultoras de beleza, damos um aconselhamento mais personalizado aos nossos clientes, porque cada mulher é única, tem as suas necessidades, e achamos que isso é muito importante nos dias de hoje, em que tudo é massificado.

Quais os objetivos que pretende alcançar na marca?

Queremos rejuvenescer a marca, aproximando-a da Geração Z, e aumentando a sua notoriedade junto a este segmento, mas sem nunca esquecer, claro, os outros segmentos de mercado. Por isso, vamos ter uma estratégia mais focada na produção de conteúdos e no marketing de influência. E também queremos posicionar a marca como a número um de venda direta no mundo de produtos, de cuidados de beleza, de pele e de maquilhagem.

O que traz a sua experiência profissional de diferente e de mais-valia para o cargo?

Comecei na TMN/MEO, em 2013, na área de gestão de produto convergente, onde acompanhei a mudança de marca de TMN para MEO. Também no MEO exerci funções de Marketing de Produto para o segmento B2C e mais tarde de gestão de campanhas 360. Mais tarde, na Associação Nacional de Farmácias, desenvolvi a área de marketing do programa de fidelização das Farmácias Portuguesas com o desenvolvimento de nova oferta comercial B2B e definição da estratégia de Marketing e Comunicação B2C, numa vertente de lifestyle.

Portanto, já trabalhei uma grande panóplia de mercados, mas sempre com a mesma estratégia e o mesmo objetivo, que é rejuvenescer as marcas, tentar chegar a um público mais jovem, mais exigente. Através da minha experiência com meios 360, consigo perceber qual a melhor forma de chegar ao público alvo, nomeadamente através da minha procura incessante de tendências de comunicação e de perceber onde está o público que queremos atingir.

Em que medida é um desafio comunicar uma marca que tem por base as consultoras?

Temos de ter não só uma comunicação para o consumidor final, mas também para as consultoras, ajudando-as a formar a sua carreira e a atingir objetivos. Temos de ter uma relação próxima com as consultoras, a ajudá-las a chegar aos públicos alvo e como devem comunicar e posicionar-se, por exemplo, nas redes sociais.

O que podemos esperar da Mary Kay para 2024?

Podemos esperar uma marca mais humana, mais próxima do consumidor, que vai ajudar as mulheres a atingirem os seus objetivos de carreira. Além disso, também vão poder contar com alguns lançamentos de produtos, sempre com a qualidade premium a que temos habituado as nossas clientes, mas também sempre a par com as tendências do mercado da cosmética.

Sofia Dutra