Antes do Facebook, a grande aventura das redes sociais online ainda não tinha começado. Ou melhor, tinha, mas não para estas organizações que têm como objectivo ter uma audiência e, em alguns casos, vender-lhe alguma coisa. Ainda as estratégias de gestão de comunidades e de sites de redes sociais, os cursos ou as pós-graduações na área são imberbes e, sem que a maioria se aperceba, tudo muda. Uma e outra vez.
A voracidade do ritmo da mudança na sociedade contemporânea não permite que estas organizações tenham uma capacidade de resposta suficientemente rápida para antecipar a mudança ou, sequer, a acompanhar. De facto, são poucas as organizações que conseguem gerir diferentes conjuntos da sua audiência, hoje, totalmente fragmentada e dispersa, optando, por isso, pela multiplicação da(s) mensagem(ns) em diferentes plataformas. Sem, contudo, as compreenderem verdadeiramente, fazendo aquilo que aparentemente resulta melhor. Em muitos casos, resulta. Porque há uma grande maioria pouco exigente. Outra curiosa para saber o que cada uma dessas organizações tem a dizer. E outra que, inevitavelmente, acaba por se cruzar com o que vai acontecendo em cada um dos diversos sites.
Mesmo que os meios de comunicação social continuem a ser o principal veículo para atingir a maior parte da população, que uma grande maioria da audiência seja suficientemente preguiçosa para procurar o que verdadeiramente lhe interessa, consumindo muito lixo, não pelo lixo, mas pela sedução que lhe é inerente, o que acontece é que cada vez mais pessoas já não estão lá. Estão por aí. E o Snapchat é, agora, o grande ponto de encontro de pessoas que querem histórias cruas, reais e verdadeiras. Sem os filtros do Instagram, a edição do YouTube ou o excesso do Facebook. Vida real, em tempo real. O que terão, agora, as marcas para contar, através do Snapchat?