A Nova SBE inspira alunos e comunidade. Diz o Luís

A Nova SBE apresenta-se como uma escola que prepara os futuros líderes do desenvolvimento sustentável, na sua promoção, no seu contributo e na geração de impacto na sociedade. De que forma? Promovendo o conhecimento e a participação de todos e alcançando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. É este o enquadramento feito pelo Associated Dean for Community Engagement & Sustainable Impact, Luís Veiga Martins, a propósito de uma visão que assenta em quatro pilares.

 

E o primeiro é o da aprendizagem ao longo da vida, que passa por inspirar os alunos, sejam eles de licenciatura, mestrado, doutoramento ou formação de executivos, através do conhecimento e da experiência, para que sigam em carreiras no caminho do desenvolvimento sustentável. “Pretendemos criar programas académicos, capazes de criar e desenvolver líderes holísticos com conhecimentos, competências e valores de sustentabilidade, que contribuem nos seus percursos para os ODS. Um exemplo é a nova geração de mestrados focada em vários temas como impacto, empreendedorismo, políticas públicas, desenvolvimento internacional e tecnologia aplicada ao negócio, áreas de extrema relevância no desenvolvimento sustentável. Além disso, são lecionadas várias disciplinas dedicadas a temas da sustentabilidade em vários programas académicos, como Economia do Desenvolvimento, Economia da Pobreza, Economia do Ambiente, Finanças Sustentáveis, Modelos de Negócio para a Sustentabilidade, Empreendedorismo Social Aplicado, Implementação de Projetos com Impacto, entre outros”, enquadra.

O segundo pilar prende-se com a disseminação do conhecimento e envolve o desenvolvimento de investigação científica aplicada capaz de responder aos desafios da sustentabilidade e apoiar a tomada de decisão nos setores público e privado. O alcance desse objetivo passa pelo envolvimento em redes de investigação internacionais, diretamente com professores e investigadores especialistas na área, parceiros da esfera pública ou privada, e consequentes veículos de media com impacto académico e social. Neste domínio, destaca-se o Nova SBE NOVAFRIKA Knowledge Center, que utiliza metodologias de experimentação social pioneiras para avaliar o real impacto de políticas destinadas à redução da pobreza, à promoção da integração social e a proporcionar iguais oportunidades para todos, na África subsariana. Destaca ainda o Nova SBE Environmental Economics Knowledge Center, focado no desenvolvimento de investigação aplicada e multidisciplinar, bem como o consequente aconselhamento em políticas económicas ambientais e recursos naturais. Este tem como missão promover a cooperação entre economistas e cientistas ambientais.

Quanto ao terceiro pilar, o da transformação social, propõe ativar partes interessadas interdisciplinares e intersectoriais, e instiga-las à criação e desenvolvimento de iniciativas orientadas para o desenvolvimento sustentável na comunidade. Entre os casos concretos de parcerias, realça a Iniciativa para a Equidade Social, promovida pelo BPI e pela Fundação “La Caixa”, que tem como objetivo a promoção do setor social em Portugal a longo prazo, através da introdução de uma dimensão científica e académica. São sete projetos e duas cátedras visando criar um retrato abrangente do setor e desenvolver programas de investigação e capacitação que fortaleçam a capacidade local das organizações sociais.

Finalmente, o pilar da sustentabilidade organizacional, vertido numa cultura e práticas de gestão focadas na sustentabilidade, promovendo a transparência e reporte da mesma à comunidade. Neste quadro, realça a parceria com a TOMRA, com vista ao primeiro projeto-piloto de sistema de depósito de embalagens de bebidas em Portugal. As bebidas adquiridas nos campus têm um valor de depósito adicional, podendo o consumidor ser ressarcido do mesmo se depositar as embalagens numa das duas máquinas instaladas na escola.

No que toca à intervenção da Nova SBE no ambiente e na comunidade, Luís Veiga Martins sustenta que a “cultura de impacto e visão empreendedora, sustentada em talento altamente especializado e alunos deveras motivados, determinados a tornarem as soluções realidade, fomenta uma forte ligação com as partes interessadas em vários setores e principalmente no elo com a comunidade local e o próprio município”. Este é um trabalho colaborativo com múltiplos impactos positivos: os alunos beneficiam destas experiências únicas que envolvem vários agentes, baseadas na ação e de carácter interdisciplinar, levando a uma espécie de “aprendizagem transformadora”. As organizações sociais têm acesso a voluntários que ajudam à capacitação da redefinição das suas estratégias de marketing, sustentabilidade financeira, inovação digital ou até de avaliação do próprio impacto e relato dos resultados. E Cascais torna-se palco de projetos inovadores e de um centro de atração para alunos internacionais, potenciando o turismo local.

É exemplo desse trabalho colaborativo o projeto de plantação de árvores por cada aluno graduado e/ou licenciado numa área de 0,5 ha no Parque Natural Sintra-Cascais, sendo da responsabilidade da Nova SBE Students’ Union a sua gestão. Outro exemplo é o projeto Cascais Smart Pole by Nova SBE, que pretende criar um “living lab” de experimentação e inovação, com o intuito de fazer Cascais alcançar a neutralidade carbónica.

O compromisso da Nova SBE com a sustentabilidade e a Agenda dos ODS não se limita às ações na escola: “Queremos que mais escolas de gestão e de economia, e de mais áreas de educação, se inspirem naqueles que têm sido os nossos esforços e boas práticas, não só no que diz respeito à organização propriamente dita, mas também de tudo o que a comunidade tem vindo a trabalhar”, comenta o porta-voz. Esta é uma ambição visível em iniciativas como a plataforma Role to Play, um espaço online que mostra como a instituição está a contribuir para os ODS, através de artigos de investigação e de opinião, projetos em curso, testemunhos, webinars ou entrevistas. Está igualmente espelhada no documento Road to Impact Report, o relatório de impacto com o qual pretende demonstrar tudo o que aconteceu no ano académico 2019/20, com o objetivo de prestar contas de forma transparente à sociedade e aos stakeholders sobre o caminho percorrido, mas principalmente de inspirar cada vez mais faculdades a trabalharem para os seus próprios relatórios de impacto. Recentemente, a Nova SBE foi convidada a liderar o renascimento do grupo PRME Chapter Iberia.

Afinal, “um futuro mais sustentável, inclusivo e pacífico precisa de uma transformação das escolas de gestão e de economia, capazes de oferecer hoje aquilo que o mundo precisa para sobreviver amanhã”: “Estamos comprometidos a descobrir e a testar caminhos na Nova SBE, transmitindo-os sempre que possível, e de forma adaptada às necessidades de cada congénere, a forma e os resultados das nossas iniciativas.”

 

briefing@briefing.pt

 

Quinta-feira, 13 Maio 2021 12:21


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