A Rita acredita: com o 5G, o céu é o limite

Futuro. Compromisso. São duas palavras que acompanham o discurso da diretora de Marca e Comunicação da NOS, Rita Torres Baptista, numa entrevista a pretexto da nova geração móvel, o 5G. Porquê futuro? Porque, diz, é com esta tecnologia que se vai escrever o futuro de Portugal. Porquê compromisso? Porque a NOS quer ser artesã desse futuro. Falta a palavra transformação, também ela assídua nesta conversa. Porque é o que aí vem será transformador para a vida das pessoas, das empresas e do País.

Briefing | Porque é que o 5G é tão relevante para as comunicações?

Rita Torres Baptista | De vez em quando, nas nossas vidas acontecem transformações que são únicas no poder que têm. E, provavelmente, quando falamos de transformações tecnológicas é no 5G que encontramos a maior revolução em potência da nossa geração. O passado tem uma série de marcos muito importantes que vieram transformar a vida; podemos falar dos mais longínquos, mas também mais emblemáticos e icónicos, como são todas as conquistas que vieram com a revolução industrial. Para uma geração como a nossa, que aparentemente já tem tudo – mais velocidade do que precisamos, mais tecnologia do que precisamos – parece difícil antecipar o que o 5G vem trazer. Mas, na verdade não temos tudo: esta tecnologia proporciona uma fronteira de possibilidades inteiramente novas, de tal maneira são grandes e expandidas.

No entanto, tem um problema que é um nome que vem na sequência de gerações tecnológicas anteriores e que nos induz em erro, pois fica a ideia de que o 5G é o 4G + 1. Mas não é. E porquê? Porque combina quatro propriedades fundamentais – a velocidade, a ausência de latência, a hiperconectividade e a inteligência. Tudo passa a estar ligado a tudo. E tudo é mesmo tudo – já não são só pessoas ligadas a pessoas ou empresas ligadas a empresas, são pessoas ligadas a empresas, ligadas a objetos sensorizados. Todo o nosso entorno caminhará para ser uma realidade hiperconectada. E a inteligência vai dar-lhe a capacidade de governar estas redes de uma maneira que é lógica e priorizável. Podemos entregar-lhe as chaves da vida, porque, graças a estas características, é possível confiar nesta tecnologia para desempenhar papeis e soluções que até aqui não eram imagináveis. Por exemplo, a forma como vamos viver a saúde vai ser diferente. Vai ser possível um doente que está no mais remoto interior do País ser operado em tempo real por um cirurgião que está num hospital central no Porto ou em Lisboa – tudo gerido à distância, tudo suportado numa rede inteligente, em que o cirurgião sabe que, quando faz um gesto, esse gesto produz um resultado no outro lado que é 100% fiável. É um exemplo ainda um bocadinho futurológico, mas que mostra bem a possibilidade transformadora que uma tecnologia com estas propriedades traz. De facto, já temos velocidade. Mas quando dizemos que vamos atingir velocidades dez vezes superiores, para começar, quando falamos em não haver diferença entre a pergunta e a resposta, e quando falamos em haver inteligência na hiperconectividade, o céu é o limite.

Quando perguntamos o que a tecnologia pode fazer por nós, a resposta está na humanidade, isto é, o que vamos querer que ela faça por nós, porque ela vai ser capaz de fazer.

E o que a torna relevante para a NOS?

Quando pensamos no que traz valor a uma sociedade, a um país – valor de criação social, de sustentabilidade, valor futuro – pensamos que o maior denominador comum do presente é fazer-se sobre uma enorme incerteza. O futuro não conhecemos. Mas uma tecnologia tão poderosa como esta, o que nos dá é a confiança de irmos para ele mais bem equipados. Com mais tecnologia, seremos capazes de enfrentar um futuro incerto mais defendidos. Isso significa que o 5G é uma ferramenta poderosa para Portugal escrever o seu próprio futuro. E, se é importante para Portugal escrever o seu próprio futuro, é importante para a NOS, sendo uma empresa portuguesa que trabalha neste setor essencial que são as telecomunicações.

A NOS é uma empresa profundamente investida em ser motor deste desenvolvimento, em ser contribuidora ativa. Queremos a maior fatia de contributo possível para a transformação do País. E esse investimento faz-se por três vias. Em primeiro lugar, pela nossa própria atuação institucional, pelo investimento em Investigação e Desenvolvimento que vamos fazer, pela capacidade de investir no desenho destas capacidades infinitas. Em segundo lugar, pela capacidade que tem de pôr os seus clientes B2B a serem eles próprios elementos chave do ecossistema que vai trazer vida ao 5G. A NOS está a trabalhar por ela própria no investimento infraestrutural de criação de uma rede de elevadíssima performance de 5G e numa presença muitíssimo expressiva, mas também vai trabalhar para equipar os seus clientes B2B para que, nos seus setores de atividade, consigam beneficiar de soluções tecnológicas que ajudem a que o seu próprio ecossistema se transforme. E, finalmente, as pessoas. Acreditamos que temos um papel de literacia, porque as pessoas não sabem o que é o 5G. Temos de abrir essa porta e depois trabalhar para que as pessoas percebam o que lhes vai trazer e tenham também vontade de se equipar. A NOS tem uma visão extremamente expansiva, isto é para aumentar as possibilidades que trazemos à vida, mas também extremamente inclusiva, isto é para toda a gente. E isso envolve o compromisso de desenvolver tarifários e soluções que permitam às pessoas realmente usufruir do novo mundo que esta tecnologia abre.

De vez em quando, na nossa vida, há mudanças que são transformadoras e a vinda desta quinta geração móvel é um desses momentos. Estamos só no início, não se vai fazer tudo num dia, mas, quando olharmos para trás, vamos ver um marco muito grande de transformação.

Esse é o futuro, mas é um futuro em que os outros operadores também querem estar. Em que medida é que a proposta da NOS é diferenciadora?

O que podemos dizer é que a chegada do 5G é um marco. E, sendo uma tecnologia que tem o potencial de mudar, de forma tão radical, a maneira como vivemos e o futuro que imaginamos para deixar às novas gerações, é evidente que todos os players estão profundamente investidos neste tema. E, com isso vem um ambiente competitivo, que já não é pouco intenso em Portugal.

Vemos aqui um grande desafio. Queremos entregar a melhor experiência possível. E, por isso, estamos a investir fortemente para ter todas as condições – leia-se a qualidade da rede que montamos, a qualidade da experiência que se constrói sobre essa rede, mas também a qualidade e a força do ecossistema.

Estamos também extremamente investidos no papel de literacia e de comunicação, mostrando que a nossa marca transpira esta vontade de futuro e este compromisso em trazer esse futuro o mais rapidamente possível.

Como empresa portuguesa que somos, quando dizemos que o 5G é uma ferramenta tão poderosa na escrita do Portugal que queremos desenvolver, temos um grau de compromisso muito elevado. Somos de todos os portugueses e para todos os portugueses. Sentimos as necessidades das pessoas e as necessidades do País.

A campanha de comunicação foge ao registo habitual, desde logo pelas figuras associadas. Com que propósito?

A NOS é uma marca do seu tempo, que ouve o seu tempo. E esta é uma campanha que tenta interpretar a verdade do tempo. E a verdade do tempo é que é um tempo de grande incerteza. Daí este insight muito forte de que se há coisas que todos temos é uma vontade de futuro. E quando se associa esse diagnóstico do que queremos à incerteza do tempo atual, surge a necessidade de virar a página, de começar uma fase nova. O que perguntamos é “Não ser a disrupção tecnológica uma forma de irmos mais bem equipados para este novo tempo?” Se formos equipados com tudo o que já temos do lado do génio humano, quando lhe juntamos a tecnologia, não estaremos melhor preparados para enfrentar a incerteza? Porque a incerteza, por si mesma, não conseguimos combater. A NOS, quando olhou para este tempo e com o desafio de falar da nova tecnologia, quis falar com este insight – a verdade deste momento. Essa foi a sua inspiração.

Porquê estas pessoas? Sendo um momento extremamente institucional para a NOS, estas pessoas identificaram-se com este sentimento comum, esta vontade de futuro, esta crença na capacidade de escrever a página em branco que é o futuro, mas de a escrevermos com otimismo e com ação. Reviram-se nisto, porque é o que já fazem nos seus vários papeis e nos diferentes saberes.

Estamos de alguma forma a assistir a um reposicionamento da marca?

O que esta mudança tecnológica nos traz é tão marcante e tão transformador que, inevitavelmente, traz um discurso novo. Mas as fundações da NOS não se alteram, o propósito da NOS é o mesmo. É a mesma identidade, são os mesmos valores, o mesmo compromisso de ser uma marca empática, emocional, inspiradora, presente, próxima. E que tem muito o objetivo de veicular e acompanhar os desejos das pessoas e do País. Estrategicamente, no core, a marca é a mesma, mas veste-se agora para uma nova fase, porque também os nossos desejos e as nossas ambições são evolutivos. Há este compromisso de acompanhar a vida.

fs@briefing.pt

Terça-feira, 21 Dezembro 2021 12:38


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