O valor supra corresponde ao investimento real das marcas nas cinco principais componentes da comunicação: a compra de espaço em meios (ATL); o investimento na área do digita (que inclui o display, SEO/SEM, social media e mobile); o investimento das marcas em patrocínios, eventos e mecenato; o investimento em ponto de venda (BTL) e ativação das marcas; e ainda os valores de investimento em relações públicas.
Das cinco áreas, a que conta com maior investimento é a compra de espaços em meios (60,5 por cento), seguida do ponto de venda (BTL) – 21 por cento. As restantes três áreas perfazem um total de cerca de 18 por cento – 9,6 por cento em patrocínios, 6,7 por cento em digital e 2,2 por cento em relações públicas.
A análise realizada permite ainda conhecer números específicos relativos aos diferentes sectores de atividade, tendo em conta as três principais categorias agregadoras da atividade sectorial das empresas anunciantes: serviços, consumo não duradouro e consumo duradouro.
O sector dos serviços é o que assume maior peso no total dos investimentos (47,6 por cento, que corresponde a 755 milhões de euros). Contudo, o sector do consumo não duradouro também apresenta uma percentagem elevada relativamente ao investimento – 44,8 por cento, o correspondente a 711 milhões de euros.
Os resultados decorrem do trabalho desenvolvido pelo Grupo Consultores, a pedido da APAN que decidiu consultar o mercado – especificamente os anunciantes portugueses -, com o objetivo de conseguir uma “maior transparência e um conhecimento mais aprofundado e real do mercado da comunicação de marketing em Portugal”, afirma Manuela Botelho, secretária-geral da APAN.
Ainda dentro de cada macro importa saber as categorias que lideram os investimentos dos anunciantes: nos serviços, a área das comunicações e internet reúne o maior investimento, com 39,9 por cento do valor total, o equivalente a 301 milhões de euros – sendo que deste valor, 66,4 por cento corresponde a investimento em meios. No consumo não duradouro, a área de beleza e higiene é a que lidera a tabela, com 41,9 por cento do valor total investido – 298 milhões de euros; aqui, a compra de meios é uma tendência dos anunciantes (73,2 por cento do investimento). Já o consumo duradouro é liderado pelo subsetor automóvel, que representa 70 por cento do investimento, o que equivale a 73,5 milhões de euros.
O investimento em patrocínios obtém maior relevância nas categorias de serviços financeiros (25,8 por cento) e de bebidas (consumo não duradouro), com 21,6 por cento. Por seu turno, o investimento em ponto de venda (BTL) destaca-se na categoria de alimentação (consumo não duradouro), com 31,6 por cento, e de distribuição e restauração (sector dos serviços), com 28,8 por cento.
Fonte: LPM