Briefing | É uma arquiteta no mundo dos sapatos. Mas porquê sabrinas?
Filipa Júlio | Uma arquiteta no mundo do calçado, é verdade. Eu tinha um sonho: criar um calçado prático e elegante, que honrasse o meu passado de bailarina (fiz ballet durante muitos anos) e o futuro de mulher moderna. Cheguei rapidamente ao conceito das bailarinas.
Briefing | Em que se inspira para o design?
FJ | A arquitetura é uma escola de bom gosto e continua a ser uma inspiração: a influência que a luz tem nas cores, os espaços… Sem dúvida que as viagens também me inspiram muito. No fundo, inspiro-me no mundo.
Olho e absorvo tudo do que me rodeia. Procuro ler boas revistas e alguns livros.
As Josefinas acabam por ser uma conjugação de todas estas coisas que me faz ter vontade de seguir em frente, inovar e criar.
Briefing | O projeto tem dois anos. Qual tem sido a recetividade do mercado?
FJ | A recetividade tem sido maravilhosa! Recebemos mensagens de apoio e carinho diariamente das nossas clientes, que nos compram Josefinas de todos os cantos do mundo.
As nossas clientes adoram as Josefinas, mas não só: somos referenciadas (e estamos debaixo de olho) pelas maiores editoras do mundo da moda como Eva Chen, da Lucky Magazine, e Gillian, da W Magazine. Mesmo as maiores trendsetters mundiais não deixam as Josefinas fora das suas vistas, nem dos seus pés, como a Man Repeller e a Chiara Ferragni. Tem sido uma aventura fantástica!
Briefing | As Josefinas vendem-se apenas online ou já têm pontos de venda físicos?
FJ | As Josefinas são digital first: nascemos online, e continuamos online. Pontos físicos não é algo que excluímos, mas, para já, as nossas vendas são realizadas exclusivamente a partir do nosso site: www.josefinas.pt.
Briefing | Qual a abordagem aos mercados externos? Que peso têm no negócio?
FJ | Como disse, as Josefinas são digital first. A nossa abordagem é principalmente digital.
A seguir a Portugal, os EUA são o nosso principal mercado, que representa já cerca de 35% do peso total.
Briefing | E porquê a opção de privilegiar as redes sociais?
FJ | As redes sociais são essenciais na relação com os nossos clientes e restantes públicos.
Por exemplo, trabalhamos imenso o nosso Instagram. Fazemos regram das aventuras das nossas clientes com as Josefinas, partilhamos o nosso lifestyle… No fundo, criamos o mundo das Josefinas e fazemos questão que as nossas clientes e fãs façam ativamente parte dele.
Briefing | É tida como a primeira marca nacional recomendada pelo Instagram. Que frutos colheu desta exposição?
FJ | Em 2014, fomos a primeira marca portuguesa a ser recomendada pelo próprio Instagram. Orgulho e emoção foi o que sentimos. Ao sermos recomendadas pelo próprio Instagram, a exposição e credibilização da nossa página foram naturalmente maiores. Sabemos que estamos no caminho certo para a conquista do mundo com esta nomeação.
Briefing | Porquê a opção de lançar “o modelo de sabrinas mais caro do mundo”? Foi uma boa ferramenta de marketing?
FJ | O lançamento das Josefinas Sal Azul Persa, as sabrinas mais caras do mundo, foi um manifesto ao savoir-faire. As Josefinas são criadas por mãos que contam anos de história na arte de bem fazer sapatos. Na realidade, não são sapatos; são peças de arte, são joias para os pés.
Briefing | Que ambições têm as Josefinas?
FJ | A nossa ambição é continuar a contar histórias pelo mundo. Sei que em dois anos já percorremos muito, mas ainda há muito mais para palmilhar.