Estima-se que apenas 12% dos resíduos eletrónicos na União Europeia (UE) são recolhidos e reciclados corretamente, o que significa que a maioria dos artigos eletrónicos acaba em aterros sanitários ou é incinerada. No futuro, prevê-se que a produção de lixo originária de equipamentos eletrónicos venha a aumentar 32%, para 82 milhões de toneladas, até 2030, de acordo com o Global e-Waste Monitor das Nações Unidas.
Para contrariar esta tendência, a diretora de Marca e Comunicação da iServices, Vânia Guerreiro, dá o mote: “ao adotar práticas circulares, como a reutilização, reparação e recondicionamento de dispositivos eletrónicos, não apenas contribuímos para reduzir o desperdício e minimizar o seu impacto ambiental, mas também estamos alinhados com as metas e diretrizes estabelecidas pela UE para promover uma economia mais circular e sustentável.”
Questionada sobre qual o contributo da empresa para a economia circular e quais as mais-valias, afirma que é uma abordagem “multifacetada e que reflete o compromisso da marca em promover uma cadeia de valor responsável e consciente”. De que forma? A partir de uma conduta que se baseia no princípio dos 4R e que enumera: “reparar, recondicionar, reutilizar e retomar”.
A porta-voz refere que há um compromisso na reparação de dispositivos eletrónicos, na medida em que em vez de se descartar os aparelhos danificados ou com falhas, a iServices dedica-se a diagnosticar e a corrigir eventuais problemas, devolvendo aos aparelhos um funcionamento regular. Ao reparar um equipamento o seu ciclo de vida é prolongado e há uma redução por parte do consumidor na necessidade de adquirir novos aparelhos, contribuindo “ativamente para a preservação de recursos naturais”, assinala.
“Somos líderes também no recondicionamento de equipamentos eletrónicos”, diz. Neste âmbito, adianta que ao serem aplicadas técnicas avançadas de manutenção e atualização, os dispositivos usados ou obsoletos são revitalizados e têm uma segunda vida, oferecendo aos consumidores “equipamentos topo de gama com valores muito acessíveis e reduzindo o volume de resíduos eletrónicos enviados para os aterros sanitários.”
Relativamente à reutilização, comenta que a marca “encoraja” os clientes a considerarem a opção de reutilizar os dispositivos. Ou seja, o equipamento que deixou de satisfazer um determinado membro da família, pode ser adequado a outro familiar. Para isto, a iServices “fornece soluções de reparação e atualização que permitem que os dispositivos continuem a ser funcionais por mais tempo, maximizando assim o seu valor e minimizando o impacto ambiental associado à produção de novos produtos.”
A empresa oferece ainda um serviço de retoma de dispositivos eletrónicos usados, garantindo que sejam devidamente reciclados e que os materiais preciosos sejam recuperados para serem reintroduzidos na cadeia de valor, promovendo “uma gestão eficiente dos recursos associados à extração de matérias-primas”.
A economia circular é, pois, uma mais-valia para a iServices e também para o consumidor, segundo explica Vânia Guerreiro: “ao adotarmos princípios circulares, demonstramos o nosso compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental, o que ressoa positivamente com os valores contemporâneos dos consumidores. Num cenário onde a problemática das alterações climáticas está cada vez mais em foco, os consumidores estão a procurar marcas que se alinhem com os seus valores e preocupações ambientais. Ao adotarmos práticas circulares conquistamos a confiança e lealdade dos clientes que valorizam a responsabilidade ambiental”.
Entende que a economia circular “impulsiona a inovação dentro da empresa e fortalece a marca”, explicando que é “desafiante” pensar de forma criativa e desenvolver novas formas de reutilizar, reparar, recondicionar e reciclar os dispositivos eletrónicos, no fundo, soluções que prolonguem a vida útil dos produtos.
Estará o consumidor sensibilizado para a questão do lixo eletrónico? Vânia Guerreiro acredita que sim, que cada vez mais há uma maior preocupação e consciência dos impactos ambientais gerados neste âmbito. Ainda há, no entanto, trabalho a fazer, atendendo a que o tratamento adequado dos resíduos sólidos urbanos, especialmente os eletrónicos, é um “desafio ambiental crescente”.
Enquanto que a necessidade de envolvimento dos consumidores na matéria de reutilização é maior, a sua exigência em termos de reparação dos telemóveis também o é. “Os clientes procuram serviços que lhes garantam e ofereçam rapidez e eficiência, garantindo que os seus equipamentos são reparados de forma ágil e sem complicações”, diz Vânia Guerreiro.
Outro aspeto que a porta-voz dá conta é para a “transparência total durante o processo de reparação” submetido pela iServices. “Os consumidores desejam ser informados sobre os procedimentos realizados, os componentes substituídos e os custos envolvidos, promovendo a confiança na marca e tem sido, desde sempre, um dos nossos principais valores”, comenta.