Cofina compra Media Capital

A Cofina vai comprar a Media Capital, dona da TVI, por 181 milhões de euros. O grupo de media português que detém o Correio da Manhã revelou ter chegado a acordo com a Prisa, empresa espanhola detentora da Media Capital, adquirindo a totalidade das suas ações, valorizando-a em 255 milhões de euros. 

O anúncio foi feito pela administração da Cofina que refere, em comunicado, que a aquisição se enquadra na visão que tem para os media, posicionando-se como “aquela que melhor é capaz de garantir o seu crescimento e a sua sustentabilidade”, além de estar alinhada com “a tendência global para a consolidação do setor dos media”.

As linhas editoriais dos diferentes meios de comunicação social que a Cofina detém – entre os quais o Correio da Manhã, o Jornal de Negócios, o Record e a Sábado – e dos que vai passar a deter vão manter-se, tal como “todos os profissionais que estejam dispostos a colaborar neste novo projeto”.

“Esta aquisição garante a existência de um grupo de media independente e capaz de reforçar o papel que os media têm enquanto pilar essencial à vida de uma sociedade democrática”, afirma a administração.

Em termos de atividade de produção, a aposta passa por intensificar a criação de conteúdos de perfil exportador, com o objetivo da transpor os mesmos para a legislação nacional da “diretiva Netflix”, que obriga plataformas como a Nefflix e a HBO a terem 30% de conteúdo nacional.

Ainda neste aspeto, o novo grupo visa tornar-se numa plataforma “mais competitiva”, assegurando uma oferta diversificada de conteúdos de informação e de entretenimento, através de vários meios, online e offline, integrando imprensa escrita, televisão e rádio.

“Como é timbre da Cofina, os nossos objetivos passam por ter um grupo de media tecnologicamente evoluído, capaz de gerar eficiências e com foco contínuo na liderança dos segmentos em que opera, assegurando a sustentabilidade dos conteúdos de língua portuguesa”, refere.

A Cofina defende, assim, que a criação de um grupo financeiramente forte permite garantir a independência editorial e criar valor para todas as partes envolvidas.

Excluindo a percentagem do capital em free-float, a Cofina informa que o aumento de capital está garantido, em mais de 50%, pelos atuais acionistas de referência, ressalvando, contudo, que é possível que entram novos investidores com posições qualificadas.

 

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Segunda-feira, 23 Setembro 2019 11:59


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