Briefing | O que a levou a lançar-se no negócio dos cuidados com as unhas?
Magda Lourenço | A ideia de criar a Nails4´Us surgiu em 1999 e adveio da necessidade que eu tinha e que, aliás, partilhava com outras mulheres, de ter um local dedicado ao cuidado e embelezamento de unhas com muita qualidade e com tecnologia que permitisse alongá-las, embelezá-las e fortalecê-las, sempre mimetizando as unhas naturais. Muito sinceramente, não tinha consciência da dimensão que a empresa viria a tomar. Nem o meu marido, que faz parte da sociedade. Somos uma empresa 100 por cento portuguesa, pioneira em quiosques do género no país, e lançámo-nos no mercado nacional sem qualquer apoio internacional. Na altura, eu acreditava que poderia exercer a arquitetura, tendo a Nails4´Us como complemento profissional. Só que a empresa tomou proporções tais que obrigou a dedicar-me a ela a 100 por cento. Tenho dito que acredito ser este o único meio de se poder ter um negócio com sucesso, aliado, sempre, a muita paixão…
Briefing | Porquê o formato dominante de nichos em centros comerciais?
ML | Porque, nos primeiros anos de atividade da Nails4’Us, os centros comerciais não tinham lojas disponíveis e tivemos de encontrar outro formato de fácil implementação. Daí os quiosques que foram, e são, um êxito!
Briefing | Quinze anos depois, qual o balanço?
ML | Faço um balanço muito positivo, tanto a nível comercial, como a nível de satisfação pessoal!
Briefing | Como se diferencia numa altura em que a oferta/concorrência cresceu?
ML | Diferenciamo-nos em muitos aspetos e daí, se me permitem a imodéstia, sermos considerados a referência nesta nossa atividade, no país. A nossa diferença estabelece-se em quatro vertentes: o exigente recrutamento do nosso pessoal; a rigorosa formação profissional das técnicas que temos ao nosso serviço; a qualidade dos ambientes e das localizações dos nossos espaços comerciais; e a elevada qualidade das matérias-primas. Só trabalhamos com produtos de elevada qualidade que estão conforme a legislação europeia de cosmética e que se encontram devidamente legalizados pelo Infarmed. A nossa formação-base tem uma duração mínima de cinco semanas, a tempo inteiro. Quanto à qualidade dos nossos espaços, basta visitá-los, nomeadamente, e por exemplo, à Avenida de Liberdade, em Lisboa, ou no Forum Almada para perceber que Nails4’Us é um sinónimo inequívoco de qualidade.
Briefing | Qual a estratégia de crescimento?
ML | Em tempos de crise: devagar e de forma sustentável.
Briefing | Espanha é o principal mercado fora de Portugal. Foi fácil entrar?
ML | O mercado espanhol não foi difícil, pois rapidamente atingimos as trinta unidades. Todavia, os nossos parceiros espanhóis, e ao contrário de nós, não tiveram o mesmo cuidado com as novas aberturas, o que resultou em bastantes encerramentos na sequência do aprofundamento das crises económica e social em Espanha.
Briefing | E Angola, qual a abordagem a este mercado? Há espaço para aumentar a presença?
ML | Acredito que ainda vamos abrir um espaço VIP, em Luanda, nos moldes do nosso espaço da Avenida de Liberdade. Mas Angola é um mercado muito pequeno devido ao fraco poder de compra das classes média e média baixa.
Briefing | A nível internacional, há outros mercados no horizonte?
ML | Sim. Há sempre mercados no horizonte…
Briefing | Do ponto de vista do marketing, qual a estratégia?
ML | Isso, como compreenderá, é confidencial. Sorry …
Briefing | Que ferramentas privilegia? Há investimento em publicidade?
ML | Investimos publicitariamente na imprensa feminina, designadamente em revistas como, por exemplo, a Máxima e a Vogue Portugal, e estamos a alargar esse investimento a outras publicações femininas mensais de qualidade. Apoiamos algumas bloggers e, este ano, começámos a trabalhar com uma agência de comunicação.
Briefing | E as redes sociais que papel desempenham para a marca?
ML | Hoje, é impossível um negócio ficar alheado das redes sociais… O Facebook é o canal de comunicação direta que privilegiamos no contacto com as nossas clientes. Serve para divulgar novidades, fazer passatempos e responder a questões.