Desconfinámos no Hotel Casa Palmela. E #ProvamosEAprovamos

Impõe-se um disclaimer. Este é o primeiro #provamoseaprovamos da nova era. E o local da experiência tem tudo a ver com a palavra que entrou no léxico – desconfinamento. Ou não ficasse o Hotel Casa Palmela em plena Serra da Arrábida.

 

E “casa” é outra palavra que faz parte do léxico particular desta unidade de cinco estrelas que marca de branco os mais de 70 hectares da Quinta do Esteval, contrastando com o verde das vinhas e das serras em redor.

“Casa” está no nome e não é por acaso: é uma verdadeira casa senhorial, com uma história que remonta ao século XVII e que está na mesma família desde que há memória.

 

Desconfinámos no Hotel Casa Palmela. E #ProvamosEAprovamos

Esse legado está, aliás, bem patente em todo o hotel. Logo à entrada, é-se recebido por duas esculturas de Maria Luísa de Sousa Holstein, a terceira duquesa de Palmela. E nos dois pisos não faltam testemunhos, desde móveis originais, quadros e fotografias, conjuntos de chá, livros. A própria casa evoca o passado através dos tetos abobadados e dos azulejos que marcam as paredes.

Desconfinámos no Hotel Casa Palmela. E #ProvamosEAprovamos

De casa da família Palmela passou a hotel, tendo aberto portas há precisamente quatro anos – em junho de 2016, chegavam os primeiros clientes, em regime de soft opening, para em outubro atingir o pleno. Em janeiro último, ingressou na rede Small Luxury Hotels, um percurso ascendente interrompido pela pandemia de Covid-19.

Salvador Holstein é o diretor. E é ele que conta o porquê de a palavra “casa” ter tanta importância. Desde logo porque ele próprio é da família, porque ali viveu mais de metade da sua vida e, depois de muitos anos fora, só aceitou voltar porque aquela era, efetivamente, a sua casa.

“A ideia era receber como os nossos avós recebiam. A casa estava sempre cheia. Amigos e filhos de amigos passavam cá temporadas de verão”, recorda. Para esse espírito contribui, certamente, o facto de muitos colaboradores do hotel terem sido funcionários da Casa Palmela. “São pessoas que viveram aqui muito tempo, que têm histórias para contar. São os guias locais, que passam uma sensação de intimidade, sem ser abusiva. Mantêm a alma da casa”, diz, enquanto vão desfiando exemplos e estórias. Os chefes de departamento, esses, são profissionais da hotelaria.

Foi intencional. Ao encontro de um posicionamento claro: mais do que um hotel, uma experiência. Salvador Holstein sabe que a promessa de experiências abunda, mas acredita que as que ali se proporcionam são únicas: um almoço nas vinhas, um pequeno-almoço ao nascer do sol no cimo da Serra de S. Luís, fronteira à casa senhorial, uma ida de veleiro ou catamarã até à Comporta, uma visita ao mercado do Livramento, em Setúbal, com o chef, para ver como escolhe os produtos e depois tê-los no prato ao almoço ou, mesmo, confeciona-los num showcooking no hotel.

 

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O resultado? “As pessoas tendem a voltar. Porque se sentem bem”. São mais estrangeiros, muitos deles já a residir em Portugal e que fazem do Hotel Casa Palmela como que a sua casa de fim de semana: “Já tratam os funcionários pelo nome, deixam cá bens. Temos talcos de golfe, um sistema de som e imagem, por exemplo, guardados no sótão e, quando voltam, já sabem onde estão, só têm de ir buscar”.

Entre os estrangeiros, eram sobretudo franceses, mas também ingleses, espanhóis, americanos e brasileiros. Agora, a agulha das nacionalidades mudou e os portugueses destacam-se. “É uma oportunidade de ficarmos a ser conhecidos pelos portugueses”, comenta. E de divulgar a região de Setúbal: “É ainda pouco conhecida. Quem atravessa a ponte, é para ir para o Alentejo e o Algarve. Não conhecem este parque natural a 35 quilómetros de Lisboa. E, no entanto, é isto…”, diz, apontando para a paisagem em redor.

O turismo de natureza é, pois, a grande aposta. Na região em geral e na quinta em particular, onde há possibilidade de passeios em bicicleta e a cavalo, bem como de percursos pedestres. A gastronomia é outro ponto forte. A ambição era enveredar pela cozinha de tacho, de saudade e emoção – como a define o diretor do hotel – mas o chef acabou por adaptar a sua criatividade ao gosto de clientes internacionais. Sempre com ingredientes locais. E mantendo alguns pratos da casa, como o arroz de peixe que a avó de Salvador fazia.

Tudo servido no Zimbral, agora adaptado às novas regras de segurança. Há produtos da própria horta. E há vinhos com uvas da Quinta do Esteval, mas com a chancela da José Maria da Fonseca. Tudo para degustar com vista para a Arrábida, seja no interior do restaurante, seja na esplanada.

 

Desconfinámos no Hotel Casa Palmela. E #ProvamosEAprovamos

Este era o ano do breakeven para o Hotel Casa de Pamela. Agora, é um ano de ajuste. “Estamos todos a aprender a trabalhar” com a nova realidade, reconhece o diretor. Recuperar é a atitude e, a crer pelo fim de semana alargado proporcionado pelos feriados de junho, o caminho está a fazer-se. É verdade que o sol não ajudou, esteve tímido e impediu que se desfrutasse das duas piscinas que servem os 21 quartos e as três villas. Mas foi só isso…

fs@briefing.pt

 

Sexta-feira, 26 Junho 2020 11:48


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