Este Berdi voa sobre o influencer marketing

A ideia voou da Austrália, instalou-se, este ano, em Portugal e chegou ao Reino Unido em agosto. A Berdi é uma plataforma de influencer marketing “sem complicações”, que agrega marcas e criadores de conteúdos.  O cofundador Bernardo Moisão garante que qualquer campanha pode ser criada em menos de cinco minutos, sendo o processo totalmente digital. Tudo começa com um briefing e ninguém perde o pio pelo caminho…

A casca foi quebrada apenas em fevereiro de 2020, com quatro campanhas e cerca de 120 influenciadores, mas, depois do primeiro voo, já conta com mais de 500 criadores de conteúdos registados – número que tem crescido, no último mês, a um ritmo de 15% por semana. “Apresentamos, então, a Berdi, como uma solução mais eficaz devido aos benefícios que constituem o nosso modelo: rapidez, simplicidade e um maior ROI”, dá a conhecer o cofundador Bernardo Moisão.

E que modelo é esse? É “integrado”, porque, através de uma plataforma de colaboração entre marcas e produtores de conteúdo, aberta a qualquer um, oferece tecnologia que permite uma otimização de todas as fases do processo criativo, dando “mais liberdade e rapidez” às equipas de marketing e “mais oportunidades de trabalho” aos criadores.

“É uma solução bastante diferente do que existe hoje em dia em Portugal. Não somos uma agência de influencers, no sentido em que não temos um ‘catálogo’ de influencers, nem quaisquer contratos de exclusividade com criadores ou marcas”, explica.

São os criadores que escolhem as marcas com que querem trabalhar, e não o contrário, como é costume acontecer. As insígnias criam um briefing adequado ao tipo de output pretendido e partilham-no com a rede de produtores. Em menos de 24 horas, recebem propostas – imagem ou vídeo – dos criadores que tenham interesse em promover os produtos e, se aceite, conseguem visualizar e participar no processo de feedback, aprovação e evolução da criatividade, bem como observar a performance do conteúdo publicado – “uma funcionalidade fundamental”.

Os produtores estabelecem o preço, ao qual a Berdi acrescenta uma comissão percentual fixa, que é cobrada às marcas quando, e apenas, se escolherem aprovar o conteúdo que lhes foi enviado. Ou seja, a submissão do briefing, a partilha com a rede e a análise dos posts recebidos são gratuitas. No caso dos criadores, não lhes é pedido qualquer valor pela utilização da plataforma.

“É importante, para o nosso modelo, que o criador receba 100% do valor que definiu e que a nossa comissão seja justificada pelo valor que a plataforma acrescenta a todo o processo de colaboração, assim como a partilha da performance do conteúdo publicado”, justifica Bernardo Moisão.

A ideia para a Berdi nasceu da observação de um modelo semelhante que começou a crescer na Austrália durante a passagem de Bernardo Moisão pela Ferrero. Durante essa experiência de quatro anos, assistiu ao boom do influencer marketing e ao nascimento de plataformas focadas em transformar o processo criativo, recorrendo a tecnologia. “Dei por mim a utilizar um conjunto de ferramentas extremamente flexíveis e eficientes, que me permitiam focar na parte criativa do meu trabalho, produzindo conteúdo mais relevante e de forma mais rápida, ganhando a capacidade de medir o ROI”, diz.

Foi lançada por quatro amigos e, agora, é preciso alimentá-la diariamente porque as funcionalidades não se fecham por si só. A estrutura da plataforma é “aberta e flexível”, de forma a permitir adicionar, remover e modificar funções, de acordo com o feedback que os gestores recolhem dos utilizadores.

Entretanto, “por entre obstáculos”, conseguiram ver uma oportunidade e agarraram-na. A Berdi foi expandida para o Reino Unido, onde já tem campanhas a decorrer e com planos para que sejam lançadas outras nas próximas semanas.

carolinaneves@newsengage.pt

Terça-feira, 01 Setembro 2020 11:41


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