A sociedade de advogados apresenta, assim, segundo a agência de design, “uma identidade desconcertante face aos cânones visuais do direito fiscal”, corporizando uma irredutibilidade normalmente encontrada “apenas em realidades bem distantes da advocacia ou das finanças”.
Explica o gestor de projeto da Another Collective, Ricardo Barbosa, que esta irredutibilidade está bem patente na preponderância tipográfica, onde a sua dimensão e os limites espaciais assumem um papel decisivo. “Para este resultado em muito contribuiu o nosso debruçar sobre o trabalho de Josef Müller-Brockmann, designer suíço pioneiro na exploração da grelha enquanto elemento de desenho. Por forma a marcar a sua utilização, fizemos uso de uma linha que traça os limites das várias secções das peças desenvolvidas. Esta aplicação pretende trazer o logotipo para um patamar de destaque, servindo de guarda-chuva perpétuo à restante informação”, comenta.
Já a direção de fotografia, com a sua estética sóbria apontada a uma “descontração aparente”, tira partido da disputa de sombras e contrastes que advém da valorização do espaço vazio. “O resultado final é uma marca de caráter aguerrido, tão inabalável na sua confiança gráfica como na solidez da sua harmonia”, afirma.